O incêndio florestal que eclodiu, ontem, em Vale de Açor, no concelho de Miranda do Corvo, "foi o 19º ou o 20º, só este ano, na zona", informou o comandante da corporação de bombeiros local.
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De acordo com Fernando Jorge, as chamas deflagram, ali, "quase diariamente". Desta vez, surgiram em força e mobilizaram mais de 170 combatentes.
"Os incêndios têm sido pequenos. Até aqui, conseguimos dar conta do recado. Este foi o maior, este ano, no concelho", explicou Fernando Jorge.
O fogo deflagrou às 15.20 horas e só foi considerado circunscrito depois das 18.30. Entrou em fase de rescaldo por volta das 20 horas. O combate às chamas foi dificultado por uma conjugação de factores, nomeadamente, a existência de ventos cruzados, temperaturas superiores a 30 graus e acessos difíceis, num terreno acidentado, referiu o comandante dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Corvo.
O fogo propagou-se com bastante rapidez, consumiu eucaliptos, pinheiros e mato, duas frentes chegaram a dirigir-se para a povoação de Vale de Açor, mas nenhuma casa chegou a estar ameaçada, prosseguiu Fernando Jorge. "Felizmente, conseguimos manter o fogo longe das povoações", rematou.
No local estiveram 174 combatentes, de 17 corporações, apoiados por 50 viaturas, entre as quais cinco meios aéreos - dois aviões pesados, um helicóptero pesado, um helicóptero médio e um avião ligeiro -, informou o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra.
À hora de fecho desta edição, todo o dispositivo de combate ao incêndio se encontrava, ainda, montado no local.