<p>A Estradas de Portugal tem um mês para responder à Associação Terras de Recesinhos, se está disposta a criar condições de segurança na variante à EN211. Caso contrário, prometem endurecer a luta. </p>
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Ontem foi uma marcha lenta. O corte de estrada virá a seguir, garantem. Sinalização de limite velocidade, colocação de tapete betuminoso e separadores centrais na via entre o nó do IP9 (A-4/A11) e a ponte de Canaveses, no Marco, foram as exigências que a Associação Terra de Recesinhos fez, ontem ao final da tarde, em conferencia de imprensa, na berma da estrada.
A associação, que representa três freguesias penafidelenses, levou para junto de si as instituições autárquicas de Penafiel e Marco. Na próxima iniciativa, o convite chegará a Baião, prometeu-se. Todos garantiram estar descontentes com a actuação da Estradas de Portugal, que acusam de inércia face aos sucessivos acidentes ali registados.
Embora haja divergência quanto ao numero de mortes - a Câmara do Marco contabikizou vinte a a ATR contou 23 - , o certo é que a mera estatística mais não serve que para ilustrar a tragédia. Dor que se tem estendido aos hospitais. Em dias de chuva há acidentes pela certa. Regra geral, os mais graves ocorrerem num serpenteado de curvas, no lugar de Constance. Suspeita-se de erros técnicos na concepção da via.
"Há nove anos já se anunciava a Estrada da Morte mas ninguém prestou atenção", lembrou António Ribeiro, presidente da ATR. A marcha lenta por sete quilómetros, acompanhada à distância pela GNR, durou cerca de 35 minutos na hora de regresso casa.