Vereador preocupado mas sem solução imediata para os problemas de saúde em alunos

"Estamos a acompanhar o caso com muito cuidado, mas confesso que não temos uma solução imediata para apresentar aos pais", disse João Garção.

Os pais dos 430 alunos da Escola de Moutelas anunciaram hoje vão parar as aulas quinta-feira, alegando que os filhos estão a adoecer devido às "deficientes condições do estabelecimento".

António Faria, presidente da Associação de Pais, explicou à Lusa que em várias salas de aulas do estabelecimento os alunos e professores sentem cheiros intensos provavelmente com origem no material do pavimento.

Segundo António Faria, os pais relacionam esses cheiros com problemas de saúde diagnosticados desde o início do ano em várias crianças e professores, incluindo vómitos e irritações na pele. O representante dos pais fala ainda de sintomas idênticos aos da pneumonia detectados este ano lectivo em quatro alunos.

O vereador disse à Lusa que esta questão já se arrasta há muito, tendo já reunido várias vezes com os pais, aos quais lhes deu nota das medidas tomadas pela Câmara, nomeadamente a indicação para que fosse mudado o detergente utilizado no pavimento.

João Garção confirmou que da análise mandada realizar à qualidade do ar nas salas de aulas se concluiu pela presença de quantidades elevadas de dióxido de carbono.

"Por isso, demos indicação para tentar arejar os mais possível as salas", explicou.

O autarca admite que a situação é complicada, sobretudo, porque as soluções que têm sido adoptadas não resolveram o problema da qualidade do ar.

"Infelizmente, neste momento não lhe posso adiantar nada de concreto. Estamos a analisar a situação", acrescentou.

Questionado pela Lusa sobre a possibilidade da Câmara determinar o encerramento da escola até se definir concretamente a origem do dióxido de carbono excessivo, o vereador disse apenas que esse tipo de situações não passa por si.