O vídeo feito por uma criança que se encontrava perto do local onde o avião de combate a incêndios se despenhou, na sexta-feira, em Vila Nova de Foz Côa, pode ser decisivo para apurar as causas do acidente que matou o comandante-piloto André Rafael Serra.
Corpo do artigo
A criança estava com a família no Museu do Côa quando se interessou pelo corrupio dos três aviões anfíbios Fire Boss que combatiam o incêndio em Urros, Torre de Moncorvo. Os aviões abasteciam junto ao Rio Douro, em Vila Nova de Foz Côa, e o cenário com vista privilegiada a partir do Museu do Côa foi filmado pela criança.
O vídeo feito pelo menino já foi entregue às autoridades e está a ser analisado pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF). O vídeo é, até agora, o único registo de imagens da queda do avião pilotado por André Rafael Serra.
No vídeo, vê-se que o Fire Boss de matrícula CS-EDY pilotado por André Serra bate num socalco e explode de imediato, projetando-se para fora da visibilidade da câmara do telemóvel da criança. Vê-se, logo a seguir, uma mancha de fumo negro, imediatamente perseguida pela aeronave que seguia atrás da de André Rafael Serra. Esta aeronave acabaria por efetuar uma descarga de água que apagou o incêndio do avião acidentado. O corpo do piloto, contudo, acabaria por ficar carbonizado, desconhecendo-se para já a causa da morte.
O acidente que tirou a vida a André Rafael Serra aconteceu na sexta-feira, pelas 20 horas. Depois de abastecer, junto ao rio Douro em Vila Nova de Foz Côa, o piloto levantou voo e regressava a Torre de Moncorvo para continuar o combate quando, por motivos que ainda se desconhecem, o avião se despistou. André Rafael Serra tinha 38 anos, era casado e tinha uma filha.
15023859