Empreendimento está a nascer na Quinta do Almor, junto à cidade. Representa um investimento de 25 milhões de euros.
Corpo do artigo
Vila Real vai ter mais 180 novas casas municipais para arrendamento acessível a partir do início de 2026. A empreitada, apresentada esta quinta-feira aos jornalistas, conta com um investimento de 25 milhões de euros e está já em velocidade de cruzeiro. Arrancou em maio deste ano e terá de estar concluída em dezembro de 2025.
O empreendimento habitacional a custos controlados está a nascer na Quinta do Almor, junto à entrada norte da cidade de Vila Real, perto da Estrada Nacional nº 2. É o maior da região Norte, neste momento, e está a cargo da TPS - Teixeira Pinto e Soares, Engenharia e Construções, empresa sediada em Amarante.
O presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos, salienta que os cinco edifícios e infraestruturas adjacentes resultaram de uma candidatura do município ao Plano de Recuperação e Resiliência, no âmbito da Estratégia Local de Habitação.
O processo foi "complexo", teve de ter luz verde de vários organismos públicos, mas chegou a bom porto. "Estas habitações de qualidade serão fundamentais para responder àqueles que procuram casa no concelho de Vila Real", realça o autarca.
O valor das rendas vai resultar da "aplicação da legislação nacional e de um regulamento que terá de ser criado". Porém, reportando-se aos valores de hoje da habitação social no concelho, "as rendas vão dos 10 euros aos 200 e tal euros". Todas as 180 novas casas serão para arrendar e nenhuma para vender.
"Extraordinário contributo"
No âmbito da Estratégia Local de Habitação, a autarquia vila-realense pretende ainda recuperar mais algumas habitações no concelho, com o mesmo destino que as que agora estão em construção na Quinta do Almor.
Rui Santos sublinha que esta estratégia vai dar um "extraordinário contributo" para acabar com escassez de habitação em Vila Real. Lembra também que há projetos privados em curso, nomeadamente na zona de Mateus, onde vai nascer "um grande empreendimento que envolverá cerca de 500 habitações". A TPS também está a criar 71 apartamentos na zona histórica da cidade.
"Julgo que nos próximos três ou quatro anos, contando com a iniciativa privada, a iniciativa pública e com o facto de a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro estar a requalificar as residências de estudantes e a construir novas, tenderemos a poder responder com uma oferta razoável na área da habitação", prevê Rui Santos.
Atualmente, a lista de espera por habitações sociais é de "cerca de 230" candidatos. A autarquia, que "sempre teve a habitação como prioridade, está também a apoiar "cerca de 120 famílias" no pagamento da renda de casa. É um outro programa municipal que suporta "35% do esforço do arrendamento".
Mão de obra é desafio diário
Os cinco edifícios com 180 apartamentos das tipologias T1, T2 e T3 vão ter de estar concluídos em dezembro de 2025. Bruno Soares, diretor executivo da TPS, lembra que após tomar conhecimento da oferta pública da Câmara de Vila Real para aquisição daqueles imóveis, a empresa encontrou o terreno na Quinta do Almor, concorreu com o projeto e acabou por ganhar a obra.
"Foram muitos meses de trabalho e tudo só foi possível com a colaboração da Câmara de Vila Real e do IHRU - Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana. Espero que em dezembro de 2025 estejamos cá todos para inaugurar a obra", destaca Bruno Soares.
Segundo Bruno Torre, diretor de produção da TPS, atualmente, estão a trabalhar no empreendimento cerca de 100 pessoas. Todavia, prevê que quando as obras atingirem o pico de mão de obra, o que deverá acontecer dentro de dois ou três meses, poderão estar ali envolvidos cerca de 130 operários. "Encontrar mão de obra tem sido o nosso desafio diário", sublinha o responsável.