Quartel dos Bombeiros Voluntários do Porto tem 147 anos e nunca teve obras de fundo. Responsáveis pedem ajuda.
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Construído em 1875, o quartel dos Bombeiros Voluntários do Porto, a dois passos da Câmara, nunca teve uma intervenção profunda e os problemas multiplicam-se. Segundo o comandante, Luís Silva, além da reparação da cobertura ser emergente, uma vez que "chove no interior do edifício tanto como na rua", o também diretor-geral da instituição mostra-se igualmente preocupado com "o nível de humidade do imóvel, sendo mais preocupante na camarata feminina". "Estamos perante um problema de saúde pública", frisou, apontando para uma das paredes do quartel onde nasceram cogumelos.
Já o presidente da associação humanitária mostra-se preocupado com as fissuras no imóvel, por conta da obra contígua, para um hotel. "O seguro cobrirá os estragos, mas vamos ter muita dificuldade em assumir uma intervenção maior e daí precisarmos de ajuda externa", disse Mário Lino.
Isto porque uma das preocupações dos dois responsáveis está centrada no edifício da "casa-escola, que está em risco de ruir". "Agora que voltamos a ter uma nova recruta, era essencial termos o edifício em condições, mas no estado em que está - já se veem o alicerces - teremos de pedir um local emprestado a outra corporação", observou Luís Silva.
Confrontados com a necessidade de uma reabilitação profunda do quartel com 147 anos [o aniversário é a 25 de agosto], Luís e Mário são perentórios: "Não temos sítio para onde ir, mas não temos condições para aqui continuar!".
30 mil euros para fardas
A preocupação do comandante estende-se ao estado dos fardamentos, muitos dos quais "encontrados cheios de bolor". "Diariamente, respondemos a socorro com fatos de proteção com 15 e 20 anos e os mais recentes, com seis a sete, foram, inclusive, oferecidos pelos Sapadores", reforçou Luís Silva, ciente de que para reequipar a corporação seriam precisos, no mínimo, "cerca de 30 mil euros".
Mário Lino falou também da importância de "captar novos sócios".