"Queen Bey” divulgou sofrer de doença autoimune desde a infância, engrossando o rol de celebridades com o mesmo diagnóstico.
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As vidas belas que muitas celebridades exibem escondem muitas vezes problemas transversais a outras pessoas. É o caso das doenças autoimunes como, por exemplo, a cantora Beyoncé agora revelou.
A propósito do lançamento da sua linha de produtos capilares, a artista norte-americana, de 42 anos, contou sofre de psoríase desde a infância. “Tenho muitas lembranças ligadas ao meu cabelo. A relação que temos com os nossos cabelos é uma jornada profundamente pessoal. Desde passar a infância no salão da minha mãe até o meu pai aplicar óleo no couro cabeludo para tratar a minha psoríase - esses momentos foram sagrados para mim”, recordou, em entrevista à revista “Essence”.
Esta foi a primeira vez que Beyoncé abordou o assunto, descobrindo a condição crónica que a farta cabeleira nunca deixou perceber, mesmo quando fez um corte arrojado, ao estilo pixie.
Foi em 2013 e ela admite que “não foi uma escolha estética, mas foi uma grande transformação emocional e metamorfose”, um ano após o nascimento da primeira filha, Blue Ivy.
“Cortar o meu cabelo foi uma rebelião contra ser essa mulher que a sociedade pensa que eu deveria ser”, confessou, admitindo que quis livrar-se de expectativas sobre ela colocadas.
A psoríase com que há muito Beyoncé aprendeu a lidar atinge 125 milhões de pessoas em todo o mundo. Doença crónica inflamatória não é contagiosa, mas é estigmatizante e normalmente tem elevado impacto na qualidade de vida do paciente, podendo causar isolamento e depressão. Estima-se que em Portugal afete 150 mil a 200 mil indivíduos.
Outros casos
Sem cura, mas tratamentos (tópicos ou biológicos), pode manifestar-se como psoríase em placas, inversa, gutata,palmo-plantar, pustulosa ou eritrodérmica. A mais comum é a primeira que afeta 80/90% dos doentes, sendo o caso da cantora.
Antes, a empresária Kim Kardashian, a cantora Britney Spears, a modelo Cara Delevigne e a atriz Cameron Diaz partilharam o mesmo diagnóstico. Por cá, o humorista Luís Filipe Borges, a apresentadora Iva Domingues e a ex-apresentadora Dália Madruga estão entre os exemplos que se destacam e que se juntaram numa campanha de sensibilização em 2010.
Feito inédito na música
Profissionalmente, Beyoncé está a dar que falar por ser a primeira artista negra a atingir o primeiro lugar do top de música country da Billboard, à conta da nova música “Texas Hold ‘Em’”, lançada no intervalo do Super Bowl.
A canção ultrapassou, na sua primeira semana de lançamento, os 19,2 milhões de streams e vendeu mais de 39 mil unidades. “16 Carriages”, a outra recente canção country da “Queen Bey”, atingiu o nono lugar da mesma tabela.
No entanto, antes outros artistas negros, como Mickey Guyton e Brittney Spencer, assim como Linda Martell, pioneira do género, também atingiram o top de vendas da country.