Casa Real sueca pressionada a explicar encontros entre a princesa Sofia e Jeffrey Epstein

A princesa Sofia, que assinalou o 41.º aniversário há pouco tempo, em retrato oficial
Foto: Casa Real da Suécia
A princesa Sofia, então uma jovem sueca a estudar e trabalhar em Nova Iorque, cruzou-se há cerca de duas décadas com Jeffrey Epstein, magnata condenado por tráfico sexual de menores. As revelações do "Dagens Nyheter" obrigam a corte a clarificar contactos até agora desconhecidos.
A princesa Sofia, então uma jovem sueca a estudar e trabalhar em Nova Iorque, cruzou-se há cerca de duas décadas com Jeffrey Epstein, milionário condenado por tráfico sexual de menores. As revelações do "Dagens Nyheter" obrigam a corte a clarificar contactos até agora desconhecidos.
A Casa Real da Suécia enfrenta uma onda de escrutínio depois de o "Dagens Nyheter" revelar que Sofia Hellqvist, muito antes de integrar a família real, se encontrou várias vezes com Jeffrey Epstein. A polémica reacende o debate em torno do magnata norte-americano, cujo historial criminal marcou a atualidade internacional desde 2008 e voltou a ganhar força em 2019.
Segundo o jornal sueco, esses encontros terão sido facilitados por Barbro Ehnbom, economista sueco-americana reconhecida por promover redes de mulheres no setor empresarial. O "Dagens Nyheter" revela que "uma delas foi a princesa Sofia, que se reuniu com o multimilionário em várias ocasiões", acrescentando que Epstein "se ofereceu para pagar-lhe aulas de interpretação". Na altura, Sofia vivia em Nova Iorque, estudava contabilidade e desenvolvimento empresarial e procurava oportunidades num meio competitivo, depois de ter chegado à final do reality "Hotel Paradise".
Mentora contestada e respostas cautelosas da Casa Real
Ehnbom, até agora vista como uma figura influente entre profissionais suecas radicadas nos Estados Unidos e convidada para o casamento dos príncipes, vê a sua reputação questionada. "Dagens Nyheter" avança que recebeu donativos das fundações de Epstein até 2014, período que coincide com os anos em que acompanhou Sofia como mentora, muito antes de esta se aproximar da vida palaciana.
Sem comunicado oficial, a Casa Real tem respondido diretamente aos meios nacionais. À SVT, fonte oficial declarou que "a Princesa Sofia reuniu-se com a pessoa em questão em várias ocasiões há uns 20 anos. Desde então, não houve contacto. A Corte declina uma entrevista". Ao "Aftonbladet", a chefe de imprensa Margareta Thorgren garantiu que Sofia nunca esteve na ilha caribenha pertencente a Epstein, cenário de parte dos crimes que continuam sob investigação.

