Sarah Ferguson abalada e a preparar mudança para Portugal após queda na realeza

Sarah Ferguson, 66 anos, atravessa uma fase de forte turbulência pessoal e pode mudar-se para a costa alentejana nos próximos meses
Foto: Justin Tallis/AFP
Ex-duquesa de Iorque enfrenta incerteza, perda de apoios e medo de novas revelações ligadas ao caso Epstein. Afastada da realeza, Sarah Ferguson pode instalar-se em Melides, perto da filha Eugenie.
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Aos 66 anos, Sarah Ferguson enfrenta um dos capítulos mais conturbados da sua vida pública. Desde que o rei Carlos III retirou todos os títulos ao ex-marido, André, e o expulsou do Royal Lodge, residência que ambos partilharam durante mais de vinte anos, a ex-duquesa de Iorque viu a sua rotina "abalar até ao âmago", descrevem especialistas próximos.
A queda do ex-príncipe, precipitada pelas ligações ao magnata norte-americano Jeffrey Epstein, arrastou também Sarah, que perdeu apoios, viu o seu novo livro infantil ser cancelado e encara um futuro que várias fontes britânicas classificam como "pendurado por um fio".
"Ela está a apoiar-se apenas em colaboradores de confiança", afirmou a fotógrafa e comentadora Helena Chard. "Os nervos estão em franja. Teme nova humilhação e receia que as acusações afetem o estatuto das filhas." As princesas Beatrice e Eugenie, segundo várias fontes, têm mantido distância para proteger as suas próprias posições.
A convivência entre Sarah e André, durante anos vista como um exemplo raro de harmonia pós-divórcio na família real, é hoje descrita como frágil. A especialista Hilary Fordwich garante que o casal continua a viver em Windsor, embora já durma em áreas separadas da casa e apenas se encontre para discutir os passos seguintes.
A situação agravou-se após a divulgação de emails em que Ferguson se referia a Epstein como um "amigo firme, generoso e supremo". O impacto foi imediato. Várias instituições de caridade suspenderam colaborações e o livro "Flora and Fern: Kindness Along The Way" foi retirado antes do lançamento.
Um representante da ex-duquesa disse ao jornal "The Guardian" que ela mantém "a condenação pública" do magnata e que "foi enganada pelas suas mentiras", lembrando que Epstein chegou a ameaçá-la com um processo de difamação.
Portugal no horizonte
A possibilidade de Sarah Ferguson deixar o Reino Unido e recomeçar em Portugal tem vindo a ganhar força. Desde 2022, a princesa Eugenie divide a vida entre Londres e o Costa Terra Golf and Ocean Club, em Melides, e fontes locais afirmam que a mansão onde vive, avaliada em cerca de 4,2 milhões de euros, já está a ser preparada para receber a mãe.
"Dizem por aqui que a Fergie chega em janeiro", contou um residente influente, habituado à presença discreta de figuras internacionais que procuram paz e distância dos holofotes.
Portugal tornou-se nos últimos anos um destino seguro para quem procura anonimato, clima ameno e uma vida social acolhedora, mas não intrusiva. "O anonimato que Portugal proporciona pode ser exatamente o que Sarah precisa", afirmou o consultor Robin Edwards, citado pela estação "Sky News".
A proximidade dos netos, August e Ernest, pesa também na decisão. Depois de meses de escrutínio público intenso, a ex-duquesa procura sobretudo estabilidade emocional.
Portas a fechar-se
As repercussões do caso Epstein continuam a afastar Sarah Ferguson da vida pública britânica. Para além da perda de patrocínios e da suspensão de colaborações, cresce o receio de que possa avançar com um livro de memórias. "Os editores querem um livro dela, e se a família real achou que "Spare" foi prejudicial, um livro da Fergie poderia ser devastador", alertou a comentadora Meredith Constant.
O cenário para André também não é simples. O ex-príncipe deverá mudar-se para uma propriedade em Sandringham, com apoio privado do irmão. Pessoas próximas descrevem um homem cada vez mais isolado e apreensivo quanto a potenciais novas revelações ligadas ao magnata norte-americano.
Mesmo assim, Helena Chard sublinha que Ferguson continua a contar com "amigos em lugares altos" e não acredita que vá enfrentar um futuro solitário. A prioridade, afirma, é garantir algum controlo sobre o que resta do seu percurso, longe das manchetes e da sombra persistente de Jeffrey Epstein.
Se a mudança para Melides se concretizar, marcará o início de um novo capítulo na vida de Sarah Ferguson, mais discreto e muito longe da turbulência que tomou conta dos seus últimos anos no Reino Unido.

