Catarina Furtado contou que fez "amor dentro de um avião" desafiando o preconceito
Num videocast intimista, Catarina Furtado falou sobre paixão, liberdade e uma experiência íntima num avião. A revelação gerou críticas, mas Pedro Chagas Freitas defendeu-a, denunciando o machismo.
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Catarina Furtado deu o seu testemunho na estreia do videocast "My Red Carpet", conduzido por Sofia Cerveira, que é um espaço de conversas sem filtros e momentos genuínos, e surpreendeu com revelações inéditas.
Em conversa com a anfitriã, a apresentadora da RTP confirmou estar apaixonada, dois anos depois do fim do casamento com João Reis. "Vou dizer-te, é maravilhoso. É mesmo especial, é mesmo uma coisa muito diferente de tudo porque eu própria estou a descobrir coisas que não sabia, que não fazia ideia de mim própria", afirmou.
Quando questionada sobre qual foi a "coisa mais louca" que fez por amor, respondeu com naturalidade: "Já fiz coisas muito loucas por amor. Fiz amor dentro de um avião."
A partilha gerou uma onda de críticas e comentários negativos nas redes sociais, muitos deles ofensivos e marcados por um tom machista.
Pedro Chagas Freitas reagiu nas redes sociais, manifestando a sua indignação perante os "insultos" dirigidos à apresentadora: "A Catarina Furtado disse que já teve relações sexuais num avião e logo as caixas de comentários se encheram de críticas, de insultos, de adjetivos que só ofendem quem os escreveu. Homens e mulheres (e custa-me ainda mais ver este tipo de ataque cobarde, profundamente machista, numa mulher) que gastaram tempo da sua vida a insultar, a tentar magoar, quem apenas foi livre no expressar do que pensa, do que é, do que viveu."
O escritor acrescentou: "Nunca atirar pedras foi tão fácil. Em 2025, continuamos assim (acho até que estamos crescentemente assim): estigmatizamos uma mulher que fala abertamente sobre sexo e aplaudimos um homem que faz a mesma coisa. Crescemos pouco, muito pouco, ultimamente. Parece que a caixa, a jaula, onde nos fecharam está cada vez mais pequena, mais exígua, mais claustrofóbica. Assusta, assusta muito. Não sei qual é o caminho, mas tem de ser para bem longe deste atalho fácil do ódio. Nunca odiar foi tão barato."
Por seu turno, Catarina Furtado partilhou uma reflexão nas redes sociais que, sem mencionar diretamente a polémica, responde ao clima atual: "O mundo está cada vez mais barulhento. Mais agressivo. Não se conversa com tempo. Soltam-se frases como se fossem cuspo. Os olhos habituam-se a ver o inaceitável e a dor dos outros fica nos outros, apenas. Mas é possível contrariar este ciclo em que parece que os corações adormecem perante o sofrimento que não é o nosso, sendo..."
Para a comunicadora, "é mais fácil julgar, atacar, excluir do que ouvir, tentar compreender e acolher". "Acredito que são em maior número as pessoas que querem e que agem de forma diferente. Que agregam, que se unem e que lutam por uma educação completa e uma informação responsável. Para nos protegermos a todos. Para espremermos o melhor do ser humano", concluiu.