
Diddy cumpre pena na prisão federal de Fort Dix, onde enfrenta novas alegadas violações disciplinares
Foto: AFP
A data de saída de Sean "Diddy" Combs foi empurrada para junho de 2028, um mês depois do previsto. O adiamento surge após o "rapper" ter sido alvo de novas alegadas infrações disciplinares, incluindo consumo de álcool artesanal e uma chamada telefónica proibida.
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Sean "Diddy" Combs vai ficar mais tempo na prisão federal de baixa segurança em Fort Dix, Nova Jérsia, EUA. O músico, que inicialmente deveria ser libertado a 8 de maio de 2028, viu essa data ser remarcada para 4 de junho do mesmo ano, confirmou o "Page Six".
As autoridades não explicaram o motivo exato da alteração, mas o novo calendário surge numa altura em que o artista volta a estar no centro de polémicas por alegadas violações das regras internas da prisão.
Na semana passada, o site TMZ avançou que Combs teria sido apanhado a consumir "álcool caseiro", preparado com açúcar fermentado, refrigerante Fanta e maçãs. Esta bebida improvisada, conhecida em várias prisões norte-americanas, está expressamente proibida pelas autoridades federais.
Um porta-voz de Diddy tentou desvalorizar o episódio, lembrando que o "rapper" estava "na sua primeira semana no FCI Fort Dix, depois de ter sido transferido do Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, e está focado em ajustar-se, trabalhar em si próprio e fazer melhor a cada dia".
"Como acontece com qualquer figura pública num ambiente novo, vão surgir muitos rumores e histórias exageradas - a maioria falsa. Pedimos que lhe seja dado o benefício da dúvida e a privacidade para se concentrar no seu crescimento pessoal", acrescentou.
Chamada de três vias aumenta pressão
A situação agravou-se quando, segundo a "CBS News", Combs foi sancionado por participar numa chamada telefónica de três vias. Estas chamadas, que permitem que três pessoas falem em simultâneo, são proibidas nas prisões federais por contornarem o controlo das comunicações.
A conversa terá acontecido a 3 de novembro, quatro dias antes da transferência de Diddy para Fort Dix. O músico disse desconhecer a regra e alegou que não lhe foi entregue o manual de admissão e orientação onde constam as normas de comunicação.
O seu representante negou qualquer irregularidade, defendendo que se tratou de uma "chamada processual" abrangida pelo "privilégio entre cliente e advogado".
Sean Combs está detido desde setembro de 2024, quando foi acusado de conspiração para extorsão, tráfico sexual através de força, fraude ou coerção e transporte para fins de prostituição. Durante o julgamento, iniciado em maio deste ano, acabou absolvido das acusações mais graves, mas foi considerado culpado de duas acusações de transporte para fins de prostituição.
Em imagem divulgado pela estação norte-americana americana CBS, "rapper" aparece irreconhecível, de barba e cabelo grisalhos (Imagem captada da CBS News)
Em outubro, foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão, além de uma multa de quinhentos mil dólares. O tribunal obrigou ainda o músico a participar em programas de saúde mental e de tratamento de dependências.
Agora, com a libertação adiada e novos processos disciplinares a somarem-se ao seu registo, o percurso do outrora poderoso magnata da música continua a desmoronar-se, longe dos palcos e centrado num quotidiano de rotinas impostas entre muros e vigilância apertada.

