Emmanuelle Debever, a primeira atriz a acusar Gérard Depardieu de assédio sexual, morreu aos 60 anos. O jornal francês “Libération” adianta que saltou para o rio Sena, em Paris, no dia em que a France 2 emitiu uma reportagem sobre os comportamentos abusivos do ator franco-russo, de 74 anos.
Corpo do artigo
A primeira atriz a acusar publicamente Gérard Depardieu de assédio sexual morreu a 7 de dezembro. Tal como refere a revista "Elle", pode ser “uma provável coincidência que deixa perguntas por responder”.
Nesse dia, o canal France 2 emitiu a reportagem “Gérard Depardieu: La Chute de L’Ogre” (“A Queda do Ogre”, em português), sobre as atitudes controversas do protagonista de “Obélix”, e vários testemunhos de alegadas vítimas, inclusive o de Emmanuelle Debever.
A imprensa francesa avança que a atriz, de 60 anos, se atirou ao rio Sena, em Paris, quando chegavam ao público imagens que testemunham os comportamentos impróprios de Depardieu, fruto de uma investigação.
Ela foi a primeira a responsabilizar o artista franco-russo de assédio sexual, reportando a factos ocorridos durante a rodagem do drama “Danton - O Processo da Revolução” (1982).
Em 2019, no Facebook, Emmanuelle contou que Gérard Depardieu colocou as mãos por debaixo da sua saia e tentou tocar-lhe. “Esse monstro quis divertir-se bastante durante as filmagens, aproveitando ao máximo a intimidade dentro de uma carruagem”, relatou na reportagem transmitida agora na televisão.
Apesar da denúncia pública, não avançou com a queixa, juntando-se a mais de 13 mulheres que acusaram o ator de assédio e violação entre os anos 1980 até 2022. Apenas as atrizes Charlotte Arnaud e Hélène Darras entraram com processo formal e os casos estão nas mãos da Justiça francesa.