Acordo de 100 milhões de dólares (cerca de 93 milhões de euros), assinado em 2020, não será renovado. Meghan Markle e o príncipe Harry não atingiram os resultados esperados com os seus conteúdos na plataforma de streaming e parceria com a Netflix chega ao fim.
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A Netflix vai terminar a parceria com Meghan Markle e o príncipe Harry, três anos depois da assinatura de um contrato avaliado em cerca de 100 milhões de dólares (93 milhões de euros).
O acordo, que expira em setembro de 2025, não será renovado, numa decisão que reflete uma mudança estratégica por parte da plataforma de streaming.
Segundo fontes próximas ouvidas pela imprensa internacional, não existe qualquer tensão entre as partes. "As coisas simplesmente seguiram o seu curso", afirmou uma fonte ao "The Sun".
A decisão insere-se numa reavaliação das prioridades da Netflix, que tem vindo a reduzir acordos de grande escala com figuras públicas. Um caso semelhante aconteceu com Barack e Michelle Obama, cuja colaboração com a Netflix passou a funcionar com um modelo de prioridade de exibição.
Apesar do fim do contrato exclusivo, a relação entre o casal e a Netflix não está totalmente encerrada. A segunda temporada de "With Love, Meghan", série de lifestyle apresentada e produzida por Meghan Markle, estreará no outono. A produção conta com convidados como Chrissy Teigen e foi gravada em Montecito, Califórnia, onde os duques de Sussex residem com os filhos.
Ainda assim, os números de audiência das produções mais recentes ficaram aquém das expectativas. O relatório de interação divulgado pela Netflix em julho revela que "With Love, Meghan", lançada em março, acumulou 5,3 milhões de visualizações no primeiro semestre de 2025, posicionando-se no 383.º lugar do ranking global. Já o documentário "Polo", produzido por Harry e Meghan e lançado em dezembro, registou apenas 500 mil visualizações, ficando muito abaixo no desempenho, em 3.436.º lugar.
Em contraste, a série documental "Harry & Meghan", lançada em 2022, continua a ser o documentário de maior sucesso da história da plataforma. Esse forte arranque terá contribuído para justificar o investimento inicial, mas o desempenho subsequente revelou-se menos consistente. "A Netflix conseguiu um enorme impacto com a primeira série, mas realisticamente sabia que aquele seria o auge do conteúdo vindo do casal", referiu uma fonte.
Além dos conteúdos audiovisuais, Megha lançou a marca de lifestyle "As Ever" com a Netflix, através da sua divisão de produtos de consumo. Muitos dos produtos apresentados na série esgotaram rapidamente, e novas coleções estão previstas. Em março, o CEO da Netflix, Ted Sarandos, descreveu a empresa como "um parceiro passivo" neste projeto, considerando-o parte de um "modelo de descoberta".
O contrato original, assinado em 2020, previa a criação de documentários, séries, filmes, programas infantis e outros conteúdos exclusivos. Na altura, os duques declararam que o seu objetivo era "criar conteúdo que informe, mas que também ofereça esperança".
Com o fim do acordo, Meghan e Harry continuam a explorar caminhos no entretenimento, mas sem o vínculo exclusivo à Netflix. A plataforma, por sua vez, reforça a sua aposta em projetos mais ágeis e de retorno comprovado.