Francisco Pinto Balsemão marcou datas-chave da sua carreira com o número seis. O número revela a sua visão estratégica e disciplina no jornalismo.
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Se Francisco Pinto Balsemão fosse jogador de futebol, o seu número seria o seis, aquele médio defensivo que organiza o jogo, protege a defesa e distribui a bola com precisão, ou talvez um lateral-esquerdo disciplinado e estratégico. No campo do jornalismo, jogou exatamente assim, ligando ideias, projetos e pessoas, garantindo que cada lançamento tivesse impacto.
Curiosamente, Balsemão escolheu o número seis para marcar datas-chave de toda a sua carreira. A primeira edição do "Expresso" saiu a 6 de janeiro de 1973, o PPD/PSD foi apresentado a 6 de maio de 1974, a SIC estreou a 6 de outubro de 1992, e a revista "Caras" chegou às bancas a 6 de setembro de 1995. Até os projetos digitais seguiram a mesma tradição, como o "Expresso Diário". Para ele, não era superstição, mas uma estratégia pensada.
No futebol, o seis protege a defesa e inicia ataques. No jornalismo, Balsemão fez o mesmo: estruturou o campo, formou equipas e lançou projetos com visão e disciplina. Cada dia seis escolhido era como uma jogada bem planeada, para tentar garantir que o jogo corria da melhor forma possível.
Até na passagem de testemunho para o filho Francisco Pedro Balsemão, a tradição manteve-se: a posse aconteceu a 6 de março. No jornalismo, como no futebol, o número seis simboliza liderança silenciosa, organização estratégica e a capacidade de fazer o jogo fluir.
No fim, Francisco Pinto Balsemão deixa-nos a imagem de um capitão de meio-campo, sempre atento, sempre no centro do jogo, orientando o jornalismo português como quem controla o ritmo do jogo.

