Um mês depois de Donatella se despedir da direção criativa da Versace, a marca de luxo italiana foi adquirida pela concorrente Prada, que promete manter o "ADN criativo e autenticidade cultural". O negócio envolve 1,375 mil milhões de dólares (cerca de 1,25 mil milhões de euros).
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Como previsto, a Prada avançou para a compra da Versace. Esta quinta-feira, a marca italiana anunciou que chegou a acordo para adquirir uma participação de 100% da grife concorrente, igualmente sediada em Milão, por 1, 375 mil milhões de dólares (cerca de 1,25 mil milhões de euros), no negócio do momento no setor do luxo europeu.
A fusão das marcas lendárias dará origem a um novo grupo italiano de luxo com receitas de mais de 6 bilhões de euros, consolidando forças para competir com outros grandes da moda mundial, como é o caso das casas francesas LVMH e da Kering.
"Estamos muito felizes em receber a Versace no grupo Prada e construir um novo capítulo para uma marca com a qual partilhamos um forte compromisso com a criatividade, o artesanato e o legado”, adiantou o presidente e CEO da Prada, Patrizio Bertelli, em comunicado.
As negociações começaram em janeiro, depois de contratados os bancos de investimento Barclays e Citi. No entanto, a compra à Capri Holdings implicou um “desconto” de mais de 200 milhões de dólares (cerca de 180 milhões de euros) devido ao impacto da guerra comercial causada pelas tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avançou o "Financial Times". A transação foi aprovada pelos respetivos conselhos de adminstração e deverá ser concluída no segundo semestre de 2025.
Fundada em 1978 pelo designer Gianni Versace e o irmão Santo, a Versace é um ícone da moda italiana. Em março, Donatella Versace, que assumiu a direção criativa após o assassínio do irmão, deixou o cargo, sendo substituída por Dario Vitale, que estava na Miu Miu, a marca jovem da Prada.