Em 2011, a duquesa de Iorque enviou uma mensagem a Jeffrey Epstein, descrevendo-o como "amigo". Organizações britânicas consideram que continuar com Sarah Ferguson como patrona seria "inapropriado".
Corpo do artigo
Seis organizações não governamentais britânicas decidiram afastar Sarah Ferguson, duquesa de Iorque, dos seus patronatos depois de surgir um email de 2011 em que se refere a Jeffrey Epstein como "amigo".
Entre as ONGs que cortaram ligações com Sarah estão Julia's House, The Teenage Cancer Trust, British Heart Foundation, Natasha Allergy Research Foundation, Children's Literacy Charity e Prevent Breast Cancer. Estas instituições prestam apoio a crianças doentes, promovem a literacia infantil e investigam diversas doenças.
O email foi enviado após Epstein ter sido condenado por tráfico de menores. Nele, Ferguson desculpava-se por não o ter apoiado publicamente, descrevendo-o como "um amigo fiel, generoso e supremo". A duquesa explicou ainda que lhe tinham sugerido falar sobre Epstein numa entrevista para proteger a sua "carreira como autora de livros infantis e filantropa".
Segundo os jornais britânicos, a mensagem incluía: "Sei que te sentes terrivelmente defraudado comigo pelo que te disseram ou pelo que leste e devo pedir humildemente desculpa por isso." Ferguson referia-se também a rumores sobre a palavra "pedófilo", que negou ter afirmado.
Reações e consequências
Um porta-voz da duquesa afirmou que o email foi enviado "por recomendação", apenas para "aplacar Epstein e as suas ameaças" e evitar possíveis processos por difamação. Ainda assim, a Julia's House considerou "inapropriado" que Sarah continuasse como patrona.
O episódio recorda também as consequências para o seu ex- marido, o. Príncipe André, afastado da Casa Real britânica após revelações sobre a sua relação com Epstein. O filho mais o o da rainha Isabel II perdeu honras militares e deixou de usar o título de Alteza Real, depois de a monarca ter autorizado o pagamento a uma vítima do magnata para encerrar litígios judiciais.