Os advogados de Sean "Diddy" Combs entraram com uma moção, na terça-feira, a solicitar a rejeição de uma das acusações de tráfico sexual, argumentando que o rapper está a ser processado com base na sua raça. Alegam que o artista "foi escolhido porque é um homem negro poderoso".
Corpo do artigo
Detido desde 16 de setembro , enquanto aguarda pelo julgamento marcado para 5 de maio, Sean "Diddy" Combs mudou de estratégia, procurando livrar-se de, pelo menos, de uma das acusações, por considerar que está a ser alvo de uma lei "racista" pela qual “nenhuma pessoa branca jamais foi acusada”. Em causa, o suposto transporte de jovens para prostituição.
Dessa forma, na terça-feira, os advogados do rapper, Shapiro Arato Bach e Agnifilo Intrater, entraram com um pedido a solicitar a rejeição de uma das acusações de tráfico sexual que ele enfrenta, argumentando que o cliente está a ser processado injustamente com base na sua raça.
O artista, que também é conhecido como P.Diddy ou simplesmente Diddy, foi indiciado por acusações de extorsão e tráfico sexual. Os seus advogados recorram de uma acusação de tráfico sexual, que decorre da lei Mann Act, segundo a qual é ilegal transportar uma pessoa “com a intenção de que tal indivíduo se envolva em prostituição”.
A defesa de Diddy argumenta que a referida lei tem “origens racistas” e está a ser usada contra um “homem negro poderoso” por alegadamento usar "um serviço de acompanhantes para transportar acompanhantes masculinos através das fronteiras para fazer sexo com as suas namoradas".
"O uso de acompanhantes, homens ou mulheres, é comum e, de facto, amplamente aceite na cultura americana hoje”, sublinham os documentos, recordando que o chefe do serviço de acompanhantes que o artista teria usado foi entrevistado e apareceu inclusive num reality show.
P. Diddy é acusado de tráfico sexual, violação, associação ilícita e promoção da prostituição, correndo o risco de apanhar prisão perpétua. Assim, os seus advogados solicitam uma audiência em "data e hora a serem determinadas pelo Tribunal, para uma Ordem rejeitando a Terceira Acusação". Os promotores já rejeitaram motivações racistas.
O rapper enfrenta uma acusação mais grave de tráfico sexual baseada nas alegações de Casandra Ventura, com quem teve um longo relacionamento, que o denunciou por forçá-la a envolver-se em sexo com prostitutos.