O rapper e produtor norte-americano P. Diddy vai conhecer esta sexta-feira o veredicto do juiz. Na véspera da sentença, surgiram duas novas alegações de abuso sexual que agravam o caso, pelo qual o artista está detido há mais de um ano.
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Preso há mais de um ano, o rapper e produtor norte-americano P. Diddy, de 55 anos, fica esta sexta-feira a conhecer a sua sentença. Embora tenha sido absolvido das acusações mais graves - nomeadamente tráfico sexual e associação criminosa, que poderiam ter resultado numa pena de prisão perpétua - o artista foi considerado culpado de dois crimes de transporte de pessoas para fins de prostituição, num caso que envolve a sua ex-namorada, Cassie Ventura.
Por estes crimes, P. Diddy, cujo nome verdadeiro é Sean Combs, poderá ser condenado a uma pena máxima de 20 anos de prisão. No início desta semana, os procuradores federais de Nova Iorque recomendaram uma pena de 11 anos e três meses. Embora Diddy não possa ser punido pelos crimes dos quais foi absolvido, os procuradores sublinham que o tribunal deve "ter em conta a forma como ele cometeu" os delitos relacionados com a prostituição.
A audiência de leitura da sentença está agendada para as 10 horas locais (15 horas em Portugal Continental), no tribunal federal de Manhattan, em pleno coração de Nova Iorque.
Na véspera, o artista, também conhecido como Puff Daddy, enviou uma carta de quatro páginas ao juiz responsável pelo caso, Arun Subramanian, na qual pede clemência e expressa remorsos pelas suas ações. "Lamento profundamente toda a dor e sofrimento que causei", escreveu. Referindo-se especificamente à agressão a Cassie Ventura, afirmou: "Sinto muito por isso e sempre sentirei. O meu ato de violência doméstica será, para sempre, um peso que terei de carregar".
Novas acusações
Em novos documentos judiciais, a que o site TMZ teve acesso, Lakeisha Ward e Dejoan Bledsoe - ambos representados pelo advogado Tony Buzbee, responsável por vários processos contra o magnata do hip-hop - acusam, em queixas separadas, o empresário de abuso sexual.
Lakeisha Ward acusa Sean "Diddy" de a ter drogado e abusado sexualmente numa festa na sua mansão em Los Angeles, em 2018. Dejoan Bledsoe, por sua vez, alega que em 2009, com 18 anos, foi seduzido por P. Diddy numa festa em Beverly Hills com promessas de um contrato musical, tendo sido drogado e abusado sexualmente pelo cantor durante a noite.