Defesa de Diddy pede libertação quase imediata antes da sentença

Sean "Diddy" Combs, outrora símbolo do poder no hip-hop, volta a estar no centro das atenções. Os seus advogados pediram ao tribunal que a pena não ultrapasse 14 meses de prisão. Se o juiz aceitar, o artista poderá sair em liberdade quase imediatamente, após mais de um ano detido no Metropolitan Detention Center, em Brooklyn.

O julgamento, que dominou as manchetes ao longo de oito semanas, terminou a 3 de julho com um veredito misto: o júri rejeitou as acusações de tráfico sexual e associação criminosa, mas condenou-o por duas violações da Lei Mann, na sequência do transporte de adultos entre estados norte-americanos com intenção de prostituição.

Condições duras e apelos emocionais

No extenso memorando entregue ao juiz Arun Subramanian, a defesa insistiu nas condições desumanas do centro de detenção: relatos de violência, episódios de tensão constantes e até refeições servidas com comida estragada. Sublinhou ainda que Diddy se manteve sóbrio, em terapia e sem incidentes durante os 13 meses atrás das grades.

O lado humano foi igualmente realçado. Foram anexadas dezenas de cartas de familiares, amigos e parceiros profissionais. A mais comovente veio da mãe, Janice Combs, de 84 anos, que nunca falhou ao filho no tribunal. "Gostaria de passar os últimos anos da minha vida com o meu filho", escreveu, salientando a dor desta separação prolongada.

Enquanto a defesa pede proporcionalidade - lembrando que, em média, casos semelhantes resultam em penas de 15 meses - o Ministério Público exige uma condenação mais severa, cinco vezes superior. Para os procuradores, a vida luxuosa do artista não deve servir de atenuante.

A sentença será lida a 3 de outubro, em Manhattan. Para já, Diddy continua entre reclusos anónimos, longe dos palcos e do império que construiu. A decisão do juiz ditará se regressa à vida pública ainda este outono ou se os próximos capítulos da sua carreira se escreverão atrás das grades.