O primeiro-ministro considerou, esta tarde de quarta-feira, no Parlamento que a sua autoridade política "não está nem um bocadinho beliscada", depois de o Bloco de Esquerda e o PEV lhe terem dito que não tem condições para continuar no cargo, devido às dívidas que teve perante a Segurança Social.
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"Pagar as obrigações é pagar na hora devida", disse Catarina Martins, coordenadora do BE, lembrando que pedro Passos Coelho já era primeiro-ministro quando, em 2012, "foi avisado da dívida e continuou a não pagar". "Tudo pantanoso", disse, considerando que "o primeiro-ministro não tem condições políticas objetivas para ocupar o seu cargo".
Heloísa Apolónia, dos Verdes, subscreveu essa avaliação. "Assente bem os pés na terra porque o senhor está descredibilizado do ponto de vista político. E um primeiro-ministro descredibilizado não tem mais condições para o seu exercício do cargo", disse.
O PS, por seu lado, não embarcou no pedido de demissão, que esta tarde se ouviu por momentos nas galerias do Parlamento por um grupo de manifestantes que foi rapidamente retirado do hemiciclo.
Ferro Rodrigues, líder parlamentar do PS, disse que Passos Coleho "fez mal em não ter aproveitado este momento para pedir desculpa a Portugal, aos seus eleitores e aos portugueses" e acusou-o de "total confusão nas explicações" que foi dando sobre o atraso no pagamento à Segurança Social. Mas não fez qualquer referência sobre se isso afeta as suas condições para ocupar o cargo.