António Costa diz que caso Sócrates foi um "choque" e propõe secretário-geral adjunto
O discurso de António Costa esta manhã, no congresso socialista, ficou marcado por uma novidade: irá propor a criação de um secretário-geral adjunto se for eleito primeiro-ministro. Por outro lado, a intervenção pautou-se pelos elogios à resistência do PS ao caso judicial que colocou José Sócrates em prisão preventiva e que considera ter sido "um choque brutal".
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"É fundamental que a vida de um partido prossiga para além da acção governativa", defendeu Costa, para justificar a criação de um adjunto para o secretário-geral, que diz ter enquadramento nos estatutos.
"O partido é também uma relação de afetos. E quero, por isso, felicitar os socialistas pela forma exemplar com que têm sabido enfrentar uma prova para que nunca ninguém está preparado", afirmou também o novo líder do PS, já a propósito de José Sócrates.
Costa destacou ainda "a responsabilidade e a serenidade que têm revelado perante um choque que, para todos nós, é brutal".
"Todos temos sabido separar os sentimentos da política" e "temos sabido mostrar a fibra com que se faz um partido como o PS", a fibra daqueles que, contra ventos e marés, acreditam e não resvalam nasua confiança no Estado de Direito e nos seus valores essenciais", declarou o secretárioi-geral, que à entrada para o congresso tinha rejeitado que o caso fosse tema do conclave, em Lisboa.