O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, defende que a atualização do salário mínimo nacional para os 500 euros deve ser feita a partir de janeiro de 2015.
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O responsável falava no final de uma reunião com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que recebe, esta quarta-feira, os parceiros sociais no âmbito da conclusão do Programa de Assistência Financeira.
A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) foi a primeira entidade patronal a ser recebida em S. Bento, em Lisboa, depois de Passos Coelho ter recebido a UGT e a CGTP, que defendem uma atualização do salário mínimo nacional com efeitos a partir de junho.
A CCP considera, por sua vez, que a atualização para os 500 deve ser feita apenas no próximo ano e para que se encerre o acordo anterior.
Os próximos aumentos devem ser feitos, na opinião de Vieira Lopes, de uma forma escalonada, no âmbito de um novo acordo de Concertação Social que envolva não só a subida do salário mínimo nacional, mas também os temas da contratação coletiva e das portarias de extensão.
Para João Vieira Lopes, o tema do salário mínimo não é aquele que neste momento mais preocupa as empresas para o período pós-troika, mas sim a responsabilidade do Governo em encontrar meios de financiamento a taxas de juro mais baixas, dinamizar o mercado interno e fazer a reforma do Estado, uma vez que até agora foram apenas feitos "cortes transversais para cobrir necessidades financeiras".