O CDS-PP considera que a negociação com o FMI não pode nem deve hipotecar as hipóteses de o Executivo que sair das eleições de 5 de Junho poder governar e fazer reformas para que "Portugal não volte a passar por esta situação vexatória".
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"Uma coisa é acautelar o que é urgente, o que é preciso pagar. No entanto, é preciso resguardar o que é essencial pois haverá reformas a fazer" depois das eleições, "para nunca mais cairmos nesta situação vexatória", disse Paulo Portas, em S. Bento, onde se deslocou para ser ouvido pelo primeiro-ministro, José Sócrates, que está a receber os partidos com assento parlamentar para discutir a ajuda externa que o FMI vai dar a Portugal.
Um Governo de gestão deve acautelar aquilo que é urgente e deve resguardar relativamente àquilo que é o essencial, pelo facto de os portugueses serem chamados a votar a 5 de Junho e poderem fazer as suas opções", insistiu Paulo Portas. "É um imperativo constitucional", sublinhou o líder do CDS PP.
"Em 30 anos, esta é a terceira vez que o FMI vem a Portugal. Isto deve fazer pensar os portugueses. Temos de mudar de vida", disse Paulo Portas.
"O CDS tem algumas linhas fundamentais em todo este processo. Aconselha o Governo a não fazer nada que agrave o problema da dívida pública portuguesa. De uma vez por todas, que as chamadas grandes obras, os chamados grandes projectos, sejam travados quando não há dinheiro e não há crédito", disse Paulo Portas.
"Qualquer programa tem de sanear as finanças públicas e tomar as medidas pertinentes e proteger o crescimento da economia", defendeu o líder do PSD. "É preciso encontrar o compromisso entre equilibrar as finanças públicas e estimular o crescimento", acrescentou o líder do CDS.
"Temos uma preocupação social que não é de agora, da campanha, que faz parte da noss forma de olhar a sociedade portuguesa. Impõe-se uma ética social e fiscal, para que os mais desfavorecidos não sejam os mais sacrificados", argumento Paulo Portas, sublinhado que cabe "ao Estado dar o exemplo".