CDS-PP aponta "discrepância" entre "vozearia e realidade" e reitera voto contra
<p>O deputado Telmo Correia considerou hoje, quarta-feira, que existe "uma discrepância" entre a "vozearia" e a realidade, referindo-se ao fim das negociações entre o Governo e o PSD sobre a proposta orçamental e reiterou o voto contra do CDS-PP.</p>
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"O CDS mantém uma posição de coerência, de convicção e vai ratificar aqui hoje, assim o espero, o seu voto contra, por princípio e por convicção porque este Orçamento do Estado é mau para o país e colocará a economia portuguesa numa situação de recessão e de maior dificuldade", afirmou.
Telmo Correia falava aos jornalistas em nome do CDS-PP, pouco depois do início do Conselho Nacional democrata cristão, que vai ratificar o voto contra do CDS-PP ao Orçamento do Estado e discutir o apoio à recandidatura presidencial de Cavaco Silva.
Questionado pelos jornalistas sobre o fim das negociações entre o Governo e o PSD e sobre a posição assumida hoje pelo secretário geral do PSD -- que adiou para a véspera da votação uma decisão final -- Telmo Correia disse registar que "parece haver uma discrepância entre a vozearia e a substância das coisas".
"Vou registando que entre atitudes de crítica, atitudes de concordância, os dois partidos que viabilizaram o PEC I e o PEC II vão conversando e às vezes zangam-se e às vezes não se zangam e às vezes tomam uma atitude de `agarrem-me senão eu mato-o" mas depois não é bem assim", afirmou.
O deputado assinalou que "mesmo hoje ao final do dia o principal negociador do PSD dizia que, na sua opinião, e por princípio todos os orçamentos deviam ser viabilizados".
"Talvez haja uma certa discrepância entre a substância e a realidade dessas negociações das quais não fazemos parte nem queremos ser e a realidade do que se está a passar", reiterou.