O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, disse no Parlamento que os democratas-cristãos sabem "como a vida está difícil para muitos portugueses" e, referindo-se às manifestações de dia 15, defendeu o "sentido útil" dos "sacrifícios".
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"Todos nós, nenhuns mais do que outros, sabemos como a vida está difícil para muitos portugueses. Nessa medida, é preciso estarmos certos que estes sacrifícios têm um sentido útil e que importa assinalar um conjunto de factos que provam que este esforço dos portugueses está a valer a pena", afirmou Nuno Magalhães.
O presidente da bancada do CDS-PP, que abriu o debate quinzenal com o Governo, referiu-se diretamente às manifestações de sábado, convidando o primeiro-ministro a pronunciar-se sobre a forma como os sacrifícios vão valer a pena, porque é isso dá "sentido ao rigor" e "esperança às pessoas".
"No passado fim de semana, muitos portugueses, seguramente das mais variadas orientações políticas, manifestaram com enorme civismo, a sua preocupação, a sua angústia e o seu protesto", afirmou Nuno Magalhães.
O líder parlamentar do CDS-PP elencou "seis factos" que dão "esperança que o caminho difícil vai permitir a Portugal e os portugueses sair da situação dificílima em que se encontravam".
Segundo Nuno Magalhães, foi o "cumprimento" por parte de Portugal e dos portugueses que permitiu "flexibilizar as metas do défice", "ter um balança comercial que pela primeira vez em 70 anos está perto de estar equilibrada", com o crescimento das exportações", que fez os "juros de mercado secundário descerem", que retirou Portugal de país em número três de risco de bancarrota na lista da OCDE e que permitiu uma "credibilização crescente internacional" que o separa da Grécia.
O líder parlamentar do CDS-PP referiu-se ainda à "redução histórica da despesa pública orgânica do Estado".
"É preciso continuar, reforçar, redobrar este esforço, mas também não é de deixar de assinalar", acrescentou.