O presidente da Mesa do Congresso do CDS-PP, Luís Queiró, defendeu hoje que a União Europeia (UE) deve estabelecer um pacto com os países do norte de África para conter a imigração para a Europa.
Corpo do artigo
Por outro lado, Luís Queiró defendeu o apoio de Portugal à candidatura do italiano Mario Draghi à presidência do Banco Central Europeu (BCE)
Luís Queiró falava aos jornalistas no final de uma reunião de cerca de 40 minutos com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, sobre a cimeira europeia de quinta e sexta-feira.
Segundo o dirigente centrista, esta cimeira vai ser dominada "pela crise financeira e económica que ainda atravessa alguns países da UE", sobretudo a Grécia, e o Governo português deve "mostrar uma firme determinação" no cumprimento das medidas que constam do programa de ajuda externa a Portugal.
"É preciso que Portugal de facto cumpra e cumpra rapidamente" para "entrar na senda do desenvolvimento e do progresso económico", reforçou.
Luís Queiró considerou que "algumas destas medidas têm um efeito recessivo" e que é essencial equilibrar as suas finanças públicas do país e, ao mesmo tempo, adotar "uma estratégia de desenvolvimento".
O presidente da Mesa do Congresso do CDS-PP referiu que na agenda desta cimeira europeia vai estar também, entre outros temas, "a imigração que tem surgido no âmbito da crise que tem atingido os países do Magreb", que "levanta problemas humanos terríveis".
No seu entender, "é preciso, obviamente, que a capacidade de acolhimento da União Europeia não seja excedida, e isso significa estabelecer um maior controlo sobre fronteiras externas, uma maior seriação das pessoas que podem e daquelas que não podem ficar".
É preciso, "sobretudo, estabelecer um pacto com os países do norte de África e do Magreb no sentido de criar condições de desenvolvimento que permitam a fixar as pessoas nos seus próprios países, é a longo prazo a única maneira de resolver este problema", defendeu.
Além de Luís Queiró, participaram nesta reunião, da parte do CDS-PP, o novo líder parlamentar, Nuno Magalhães, o porta-voz do partido, João Almeida, e o dirigente Miguel Morais Leitão.