<p>Líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu que o Governo falhou nas políticas e apontou ao primeiro-ministro, José Sócrates, "erros de fundo", na apresentação da moção de censura ao Executivo.<br /><br /><strong>Ver </strong><a href="http://cdsnoparlamento.pp.parlamento.pt/index.php?lg=1&idmenu=2&idsubmenu=39&detalhe=160" target="_blank">Moção de Censura</a></p>
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Paulo Portas justificou a iniciativa para "dar voz" a quem censurou o Governo "no país e nas urnas" nas eleições europeias do passado dia 7 e apontou "erros de política, que não são de comunicação, são de fundo".
No final da sua intervenção, o líder democrata-cristão acusou o primeiro-ministro de "estar a inventar à pressa uma personalidade" depois de ter começado a legislatura como "animal feroz".
"Apresentou-se como animal feroz, agora está à pressa a inventar personalidade português suave, modesto e humilde. Não cola consigo. Um português suave modesto humilde chamado José Sócrates pode ser um alívio mas não é solução", referiu.
Paulo Portas considerou que José Sócrates perdeu as eleições europeias também por causa da "arrogância", dando como exemplo "uma atitude de quem se permite, em relação aos sectores produtivos, desprezar compromissos".
"O país cansou-se dessa arrogância que não é uma questão de forma, é de essência. O país cansou-se do excesso de propaganda e do défice de autenticidade", declarou.
Notando que os socialistas podiam ter apresentado "uma moção de confiança" e não o fizeram "por timidez", Paulo Portas insistiu na ideia de que os portugueses "estão cansados" da política e do estilo de José Sócrates.
"Os portugueses estão cansados deste tipo de política. O problema não é de comunicação, excesso de comunicação tiveram os portugueses, mas tiveram um défice de governação", disse.
A pensar "nas questões que têm que ser colocadas para o futuro", a três meses das eleições, Paulo Portas elegeu a política económica, a segurança e as políticas de apoio social como prioridades.
"O que é que é mais importante para recuperar o ambiente de segurança? Garantismo ou política de autoridade firme?", questionou, exigindo, no que toca à política económica, investimento dirigido às micro, pequenas e médias empresas.