Comissário europeu diz que mais um ano suavizará impacto social do programa português
O comissário europeu dos Assuntos Económicos disse, esta terça-feira, que a extensão, por um ano, do calendário para Portugal reduzir o seu défice "vai suavizar o impacto social e o custo económico a curto prazo" do programa de ajustamento, que é "necessário".
Corpo do artigo
A declaração de Olli Rehn foi divulgada em Bruxelas após a conclusão da missão da 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) para a quinta revisão do programa de ajustamento de Portugal, por ocasião da qual foi acordada a revisão das metas para o défice das contas públicas, permitindo o adiamento por um ano do cumprimento do limite de 3%.
"Esta extensão, assim como o facto de as autoridades portugueses esperarem serem capazes de cobrir quaisquer necessidades de financiamento adicional, são mais um testemunho da crescente credibilidade de Portugal", comentou.
Sustentando que, "num ambiente externo com muitos desafios", Portugal logrou prosseguir a boa implementação do seu programa de ajustamento económico, Rehn apontou que, "como consequência, a confiança em Portugal entre os seus parceiros internacional e investidores continua a crescer"
O comissário europeu afirmou que o amplo apoio político e social ao programa de ajustamento português tem contribuído para a sua boa implementação, e advertiu que é "importante" que tal continue a verificar-se.
Numa declaração divulgada em Bruxelas após a conclusão da missão da 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) para a quinta revisão do programa de ajustamento de Portugal, Olli Rehn sublinha que "será importante para Portugal continuar a implementar todos os aspetos do programa com o mesmo grau de determinação nos próximos meses".
Afirmando ter "plena consciência de que este ajustamento e reformas podem também trazer dificuldades a muitos cidadãos portugueses no curto prazo", o vice-presidente da Comissão defende todavia que "o programa está a criar as condições para finanças públicas sustentáveis, crescimento equilibrado e mais e melhores empregos para o povo português".
"O programa beneficiou de um amplo apoio político e social e tal contribuiu para a sua boa implementação e a crescente confiança na economia portuguesa. Manter este apoio para o programa de ajustamento revisto será importante nos meses que se seguem", afirma Rehn.
As autoridades portuguesas e a 'troika' acordaram um novo calendário para correção do défice das contas públicas, como o limite a passar a ser de 5% este ano, 4,5% em 2013 e 2,5% em 2014.