O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou-se esta quinta-feira perplexo com interpretações sobre o seu discurso perante a comunidade chinesa, defendendo que no exercício de funções institucionais junto de investidores estrangeiros tem de transmitir-se uma mensagem de confiança.
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António Costa falou sobre a controvérsia em torno da sua intervenção proferida num evento da comunidade chinesa, na semana passada, no Casino da Póvoa de Varzim, durante a sessão de lançamento da edição diária em suporte digital do "Ação Socialista", órgão oficial do PS que é dirigido por Edite Estrela.
"Aproveito a ocasião para manifestar como estou perplexo que pensem que, por fazer oposição ao Governo, isso me impede de defender o país. E que, perante uma assembleia de investidores estrangeiros e no exercício de funções institucionais, em vez de valorizar os fatores positivos de Portugal, me concentrasse no fracasso da política do Governo e nos seus resultados, como o aumento brutal da pobreza, o desemprego, a estagnação económica, os cortes de pensões e de salários", reagiu o líder socialista.
A seguir, António Costa passou ao contra-ataque e criticou o executivo de coligação PSD/CDS.
"Aos investidores estrangeiros temos de dar uma mensagem de confiança. Para diminuir a confiança já chega o Governo e não precisa da ajuda da oposição", sustentou o secretário-geral do PS.