O presidente da Comissão Europeia apelou, em Bruxelas, para o "maior sentido de responsabilidade" de todos os decisores políticos portugueses para resolver uma situação "delicada e extremamente urgente".
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"Eu espero o maior sentido de responsabilidade da parte de todos os decisores políticos em Portugal porque a situação, repito, é delicada e extremamente urgente", disse Durão Barroso, esta quarta-feira, numa conferência de imprensa em que aceitou responder a uma pergunta sobre o pedido de ajuda financeira feito por Lisboa.
O dirigente europeu sublinhou que "de acordo com as regras existentes não há qualquer hipótese de financiamento intercalar" e que, tratando-se de um programa de médio prazo, "com uma condicionalidade estrita", este "terá depois a possibilidade de várias tranches".
"Estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para garantir a conclusão desse programa a tempo de proporcionar o pagamento da primeira tranche de modo a garantir as necessidades de financiamento a Portugal", declarou Durão Barroso.
Pouco antes tinha recordado que, "ainda recentemente, o ministro das Finanças [Fernando Teixeira dos Santos] disse que Portugal não tinha condições para garantir o financiamento já no próximo mês de Junho".
Durão Barroso reconheceu que se trata de um calendário "extremamente difícil que ainda por cima coincide com o momento eleitoral".
"Mas não há possibilidade de qualquer financiamento fora das regras que foram unanimemente decididas, incluindo por Portugal", reiterou.
O presidente da Comissão Europeia manifestou ainda a sua "confiança" em Portugal e "no bom senso" dos portugueses para ultrapassar a situação actual.