O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, frisou esta noite que o governo socialista "anda a encenar há demasiado tempo o passa culpas", salientando que "não se leva à falência um Estado em menos de um mês".
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"Não se leva à falência um Estado em menos de um mês. Levou muitos anos e quando alertamos que o caminho não era o adequado chamaram-nos miserabilistas e profetas da desgraça e que não queríamos o desenvolvimento de Portugal", afirmou Pedro Passos Coelho num jantar da distrital do PSD/Porto e que juntou à mesma mesa Marco António Costa, Luís Filipe Menezes e Rui Rio.
O social-democrata destacou que o que os socialistas "deram a Portugal não foi um sonho mas um pesadelo do qual o país está a acordar", acrescentando que "este governo anda a encenar há demasiado tempo o passa culpas".
Para o líder do PSD, Teixeira dos Santos e o primeiro-ministro "sabiam há muito tempo o que se estava a passar em Portugal", acrescentando: "este governo disse durante todo este tempo ao país que não era preciso mais nada, que o orçamento de Estado estava a ter uma execução exemplar e que Portugal não precisava de ajuda".
"Isso não é dito para ocultar, é dito com a intenção de mentir. Hoje é claro que o governo mentiu de forma deliberada e premeditada ao país e ainda tentou fazer o país acreditar que a culpa era de quem não estava no governo", realçou.
Passos Coelho culpou ainda o executivo socialista de conduzir "o país à bancarrota" apenas evitável "se se conseguir a ajuda de parceiros europeus e do FMI".
"Há um momento em que a máscara cai e não vale a pena contar mais histórias, fazer espectáculos e contratar mais marketing", ironizou.
Sobre o FMI, o líder do PSD assegurou que "se esse dinheiro é indispensável" a Portugal, "não será por culpa" dos social-democratas "que não chegará a Portugal".
"Mas não me peçam que elogie quem nos pôs nesta situação", sublinhou.
Sobre o estado atual do país disse mesmo que "ninguém pode sentir cobiça para herdar uma situação como esta".
Pedro Passos Coelho disse acreditar que "o país está farto e espera que o PSD aponte um caminho para Portugal", sustentando que o partido fará "o próximo governo com uma ampla maioria" que, tem "confiança", o país lhe irá dar.
Antes do encontro com a distrital, o líder do PSD reuniu-se com a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade que, após solicitação, assegurou que irá apresentar propostas que possam estruturar o programa de emergência social.