Embaixador chinês diz que visita de Cavaco vai "promover ainda mais" cooperação bilateral
A visita do presidente da República à China vai "promover ainda mais a cooperação bilateral entre os dois países", disse o embaixador da China em Portugal, Huang Songfu, no arranque da visita oficial de Cavaco Silva.
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Após um pequeno-almoço entre empresários da China e de Portugal, sob a presidência de Cavaco Silva, o embaixador salientou o encontro como uma "boa oportunidade de intercâmbio entre os empresários" dos dois países e mostrou-se convicto no reforço das relações.
"O presidente apresentou boas oportunidades de cooperação bilateral entre a China e Portugal e os empresários chineses também manifestaram todo o interesse e forte vontade de promover a cooperação", disse Huang Songfu, ao salientar como uma das preocupações portuguesas a ligação direta entre os dois países.
No entanto, explicou, estavam três empresas na reunião que "manifestaram toda a vontade para estudar a possibilidade de voos diretos entre a China e Portugal".
Huang Songfu está, por isso, convicto de que a visita de Cavaco Silva "vai promover ainda mais a cooperação bilateral" e garantiu que Portugal "ofereceu uma boa oportunidade de cooperação no sentido de privatização futura de empresas portuguesas" que as chinesas já conhecem bem e estão, pelo menos, disponíveis para "avaliar" as possibilidades de investimento.
Macau "é plataforma muito importante"
Instado a comentar o papel de Macau na relação bilateral entre a China e Portugal, Huang Songfu realçou a importância da Região Administrativa Especial chinesa, nomeadamente pela aproximação cultural que fomenta entre os dois povos.
"É plataforma muito importante. Macau promoveu um conhecimento mútuo no sentido cultural durante todos esses anos. Acho que o conhecimento mútuo cultural é uma base fundamental para toda a outra cooperação. Sem conhecimento mútuo cultural entre dois povos não haveria cooperação nas várias áreas", considerou, ao acrescentar que Macau pode também "participar diretamente na cooperação bilateral".
Além da possibilidade de investimento em privatizações, como a dos transportes públicos de Lisboa e Porto, Huang Songfu lembrou ainda outras oportunidades nomeadamente na indústria, mas vincou que o mais importante é estudar as diversas oportunidades nos mais variados campos, dado que Portugal "abriu a porta" e há que avaliar interesses.