O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, acusou o Governo, este sábado, na manifestação dos professores em Lisboa, de pôr em risco a realização dos exames nacionais do ensino secundário e garantiu que os professores vão continuar em luta contra as políticas do executivo para o setor.
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Mário Nogueira falava aos jornalistas minutos antes de os professores começarem a marcha do Marquês de Pombal até aos Restauradores, em Lisboa.
O dirigente sindical disse que os professores estão dispostos a continuar a fazer greve às avaliações e prometeu também uma forte participação dos docentes na greve geral convocada para 27 de junho.
Passava pouco das 15.30 horas quando os milhares de professores que se deslocaram de todo o pais até Lisboa para se juntarem ao protesto saíram da rotunda do Marquês de Pombal gritando palavras de ordem como "É preciso, é urgente: Mobilidade especial para quem governa mal" e munidos de faixas e bandeiras com palavras contras as políticas do Governo.
A aplicação do regime de mobilidade especial aos professores, as distâncias a que podem ficar colocados e o aumento do horário de trabalho das 35 para as 40 horas semanais são os principais pontos que opõem os docentes ao Governo.
Numa das faixas transportadas pelos professores podia ler-se "Nós também temos filhos", havendo bandeiras pretas com as palavras "Professores em luta".
Também presente na manifestação, o secretário-geral da CGTP, acusou o Governo de exercer "pressões intimidatórias" sobre os professores ao ter convocado todos os docentes para as escolas na segunda-feira, dia de greve e de exames nacionais.
Para Arménio Carlos, ao convocar todos os professores para as escolas na segunda-feira, o Governo não está a respeitar os docentes e está a intimidá-los.