A investigação portuguesa no caso Freeport só poderá chegar ao fim se as autoridades inglesas cederem os dados bancários das contas para onde terão sido movimentados os valores alegadamente utilizados para luvas, segundo soube o JN.
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É esse o elemento que falta para estabelecer o elo de uma eventual suspeita de corrupção, tendo em conta as perícias financeiras que têm vindo a ser realizadas no respectivo departamento da Polícia Judiciária.
Em causa está o movimento do dinheiro, no valor de 400mil euros, que terá saído de Inglaterra com um destino, que ainda não é conhecido.
Na carta rogatória enviada de Portugal para Inglaterra, em Agosto de 2005, já esses dados eram solicitados e terão então resultado das investigações já iniciadas e das buscas realizadas em Fevereiro, se bem que a PGR tenha anteontem, em comunicado, limitado a informação à "denúncia anónima". O JN apurou ainda junto da Scotland Yard que o caso foi inicialmente entregue à polícia britânica e terá sido posteriormente transferido para uma equipa do SFO. Este organismo anti-fraude investiga casos de corrupção que envolvam valores superiores 1.25 milhões de euros.