O primeiro-ministro defendeu, este domingo, que "não há forma de vencer uma crise" sem "problemas sociais ou políticas restritivas", mas que Portugal está "bem mais próximo de ultrapassar" o estado de "emergência" do que há um ano.
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As palavras do chefe do Governo foram proferidas no final do Conselho de Ministros informal para avaliar o primeiro ano de mandato, que decorreu, este domingo à tarde no Palácio da Ajuda, numa declaração conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros sem direito a perguntas dos jornalistas.
"Se nuns aspetos as coisas correram melhor do que previsto e noutros aspetos pior, isso não significa que não estejamos a caminhar na direção certa e de que os resultados não sejam globalmente positivos, como é importante que aconteça e como os nossos credores externos têm reconhecido regularmente", considerou Passos.
Principal força motriz
O primeiro-ministro apontou as reformas estruturais como "principal justificação e força motriz" do Governo, definindo para o próximo ano prioridades como a transposição do tratado orçamental, reforçar o processo de privatizações ou a abertura da economia.
Numa intervenção de cerca de vinte minutos, o chefe do Governo defendeu que o executivo deve "continuar a trilhar" o caminho para "criar condições duradouras para a prosperidade futura dos portugueses" e "prosseguir" uma agenda de reformas em vários setores da economia e da sociedade.
Passos advertiu que o sucesso desta transformação não depende apenas do Governo e que "há variáveis externas muito influentes" que não são domináveis "e que podem facilitar ou dificultar o caminho", mas que este assume as suas responsabilidades.
"As reformas estruturais são a principal justificação e força motriz da ação política do Governo", sublinhou, defendendo que o país deve "confrontar os seus problemas".
"Quanto mais adiarmos essa tarefa, mais custoso será empreendê-la e mais difícil o caminho, os portugueses sabem que o caminho que estamos a fazer nunca prometeu facilidades e que é árduo percorrê-lo, mas é o caminho certo para mudarmos de vida e encararmos o futuro com a perspetiva de uma justa prosperidade para todos", considerou.