O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, rejeitou, este sábado, a possibilidade do Governo "ir mais longe" nas alterações do mercado e legislação laborais, garantindo que Portugal já cumpriu tudo aquilo que estava acordado com a 'troika' nesta matéria.
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Em declarações aos jornalistas à margem da convenção autárquica do CDS-PP, em Matosinhos, Pedro Mota Soares disse ser sabido que a 'troika', "em especial um dos seus membros, gostava que em Portugal se fosse mais longe nas alterações ao mercado de trabalho e à legislação da área do trabalho".
"Ora, a 'troika' sabe o que é que o Governo português pensa sobre esta matéria. Nós já cumprimos todas as alterações que estavam previstas no memorando de entendimento", disse.
Recordando que "foi uma opção do Governo" fazer estas alterações em concertação social, o ministro garantiu que, "neste momento", o Governo entende que "não é necessário ir mais longe nessas mesmas alterações".
"Até porque estas alterações começam agora a dar os seus frutos, começamos a ter agora alguns indicadores positivos que também são fruto das várias alterações que aconteceram na sociedade portuguesa nos últimos dois anos", justificou.
Questionado pelos jornalistas sobre se podia garantir que não vai haver mais cortes nos salários, para além dos acordados, Pedro Mota Soares insistiu que "a 'troika' sabe o que é que o Governo pensa sobre esta matéria".
"Eu gostava de relembrar que já cumprimos integralmente tudo o que estava previsto no memorando de entendimento. Não é momento para irmos mais longe para além daquilo que fizemos que estava estabelecido no memorando de entendimento", reiterou.
O Expresso diz hoje, em manchete, que o ministro da Solidariedade Mota Soares garantiu que a resposta à 'troika' vai ser "não" a mais cortes salariais e adianta que o Governo vai alterar o diploma da mobilidade, chumbado pelo Tribunal Constitucional.