"Eu apoio a CDU", uma mensagem multiplicada por 1.654, tantos quantos os dirigentes sindicais e representantes de trabalhadores que, este sábado, disseram a Ilda Figueiredo que votam na coligação.
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"O ciclo eleitoral de 2009 é uma oportunidade para os trabalhadores, com o voto na CDU, de prosseguirem exigências que motivam as suas lutas", lê-se nos postais que foram assinados por mais de 1.600 dirigentes e delegados sindicais e membros de comissões de trabalhadores de todo o país, entregues, este sábado, numa caixa de papel, à candidata comunista ao Parlamento Europeu, durante um almoço em Sacavém, Loures.
Entre as reivindicações dos trabalhadores encontram-se a valorização dos salários e das pensões, a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo, a defesa do emprego, o combate à precariedade e a revogação dos aspectos negativos do Código do Trabalho e da legislação laboral da Administração Pública.
Um "presente" que deixou Ilda Figueiredo sensibilizada.
"Qualquer candidato, qualquer lista se sentiria muito orgulhosa por ter tal apoio do mundo do trabalho, e eu sinto, camaradas e amigos", destacou, recordando que "um dos principais objectivos da CDU é defender os direitos de quem trabalha em Portugal e na União Europeia".
A cabeça-de-lista da CDU salientou, ao longo do dia, a marcha de protesto que os professores convocaram para hoje à tarde, em Lisboa, e à qual se juntou porque esta também é a sua luta.
"Eu própria sou professora, não exerço porque estou deputada, mas não me esqueço", explicou, uma ideia que repetiu a algumas professoras com quem se cruzou de manhã, numa visita ao mercado de Loures.
"Hoje é um dia de luta para os professores", disse-lhe uma docente, que acusou o PS de "estar a destruir a escola pública".
"Quando lutamos pela defesa da escola pública, estamos a defender os interesses dos nossos jovens a uma educação pública de qualidade e portanto, os interesses das nossas famílias e dos nossos trabalhadores", sustentou Ilda Figueiredo.
Durante a manhã, a candidata distribuiu panfletos com as propostas eleitorais da CDU e apelou ao voto nas eleições de dia 07 de Junho.
A uma mulher que fazia compras na feira e que dizia que não queria votar, Ilda Figueiredo lembrou: "se não for votar, os outros decidem por si".
A candidata tem sempre resposta pronta. Perante a desconfiança de uma mulher, que abanava a cabeça e dizia "às vezes, às vezes, às vezes" enquanto Ilda Figueiredo defendia a luta pelos direitos dos trabalhadores, a cabeça-de-lista retorquiu: "sempre, sempre, sempre, minha senhora".