O secretário-geral do PCP escusou-se este sábado a comentar o livro que José Sócrates vai lançar sobre a temática da tortura, aguardando pela sua publicação, mas sublinhou saber "o que custou lutar pela liberdade", sobretudo aos comunistas.
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"Não conheço o conteúdo, a obra, esperemos pela sua publicação. Quando critico o Governo de Sócrates, critico porque foi ele que abriu a porta [à entrada da 'troika'], com a assinatura e com os sucessivos PEC... no essencial, alicerçava-se muito naquilo que foi o memorando das 'troikas'", disse Jerónimo de Sousa, na Baixa da Banheira.
Sócrates vai lançar uma obra de ciência política, após os estudos de pós-graduação em Paris, que incidirá sobre a temática da tortura.
"Os comunistas portugueses foram o alvo preferencial da ditadura fascista. Custou-nos muito, muita prisão, perseguição, desemprego, muita tortura e até morte e assassinato. Sabemos o que custou, ao longo desse período de 48 anos, lutar pela liberdade. Pagámos bem caro, mas valeu a pena porque tivemos o 25 de Abril", congratulou-se Jerónimo de Sousa.