<p>Na mensagem de Natal emitida ontem à noite, sexta-feira, José Sócrates disse esperar que o investimento público permita que 2010 seja um ano de recuperação económica, prometendo auxílio a quem foi mais atingido pelos temporais.</p>
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"Esperança" e "solidariedade" foram palavras repetidas pelo primeiro-ministro na mensagem de Natal, em que afiançou encarar o próximo ano com "confiança, energia e determinação" para resolver os problemas do país.
Reconhecendo que a maior crise mundial de há 80 anos fez com que 2009 tenha sido "um ano de grande exigência para todos, famílias, trabalhadores e empresas", adiantou ter sido "a intervenção do Estado no momento certo" que permitiu "estabilizar o sistema financeiro, apoiar famílias e empresas e estimular a economia".
Num tom optimista, Sócrates disse que a "crise económica mundial persiste", mas, "há agora sinais claros de que estamos a retomar lentamente um caminho de recuperação". Há contudo, "ainda muito trabalho pela frente", admitiu, e que passa por "investimento público que crie emprego" e pela aposta em " infra-estruturas de transportes e comunicações, escolas, hospitais, barragens e nas energias renováveis".
Garantida foi a continuação na qualificação dos portugueses e no programa Novas Oportunidades, "que já tem mais de um milhão de inscritos", enfatizou.
A esperança no crescimento da economia e do emprego "tem uma razão de ser", disse e reside na "confiança nas capacidades dos portugueses".
Aflorou depois os benefícios sociais criados para os reformados, com as pensões mais baixas, os desempregados, os estudantes de famílias carenciadas, além do aumento do salário mínimo em 25 euros e do abono de família, e do programa de abertura de creches.
Na parte final da alocução, o governante aludiu a acontecimentos marcantes de 2009 - como a entrada em vigor do Tratado de Lisboa - e dirigiu "uma palavra de solidariedade e de apoio aos que foram afectados pelas recentes intempéries".
"Quero garantir-lhes que o Governo usará todos os instrumentos para os ajudar a superar as dificuldades e para retomar a actividade económica nas zonas mais afectadas", assinalou.
Por fim, manifestou seu "profundo reconhecimento" em relação aos militares portugueses em missões de paz no estrangeiro.
E deixou ainda "uma palavra especial de saudação aos nossos compatriotas espalhados pelos vários cantos do mundo que nesta época têm no seu espírito as suas famílias, os seus entes queridos e o seu país".