O líder da bancada social-democrata, Luís Montenegro, afirmou, esta quarta-feira, que a maioria PSD/CDS-PP espera que o PS viabilize a proposta de Orçamento do Estado para 2012 "com convicção" e não por "mera conveniência política".
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Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, em nome da maioria PSD/CDS-PP, Luís Montenegro considerou que o PS tem "especiais responsabilidades" como "maior partido da oposição", como partido "que governou, nos últimos quinze anos, cerca de treze" e como partido que subscreveu o programa de assistência financeira a Portugal.
"Significa isto que o PS não deve viabilizar o Orçamento por viabilizar, deve viabilizar acreditando que é com instrumentos financeiros como o Orçamento do Estado que nós vamos conseguir recuperar o país", defendeu o líder parlamentar do PSD.
Luís Montenegro fez estas declarações com o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, ao seu lado, no final de uma reunião de cerca de uma hora com o ministro de Estado e das Finanças e com a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2012.
Segundo o líder parlamentar do PSD, "o desafio que o país tem pela frente é muito grande, é um desafio do Governo, da maioria parlamentar que o suporta, mas também dos partidos da oposição e, em última análise, das instituições e de todos os portugueses".
"É com base nesta consciência colectiva que, em nome dos grupos parlamentares da maioria, esperamos que os restantes partidos da oposição, em particular, o PS, possam ser uma parte integrante da solução e possam viabilizar os instrumentos financeiros do país com convicção, eu diria mesmo com mais convicção do que por mera conveniência política", acrescentou.
De acordo com Luís Montenegro, "é crucial para o país cumprir os compromissos que efectivou" com os seus "parceiros externos" que o financiam e, "desse ponto de vista, não há margem de erro".
O líder parlamentar do PSD sublinhou que a maioria parlamentar entende que "esse esforço é um esforço colectivo, que toca a todos, mas que deve salvaguardar aqueles que são mais desfavorecidos, numa situação de maior vulnerabilidade".