A sessão parlamentar para a aprovação global do Orçamento de Estado para 2013 foi aberta 12 minutos após as 10 horas, mas os deputados chegaram à Assembleia da República bem mais cedo o que o habitual, devido à manifestação que a CGTP organizou em frente ao Parlamento. A chegada da chuva está a condicionar o protesto popular.
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Os deputados justificaram a chegada à Assembleia da República mais cedo com o receio de os acessos ao Palácio de S. Bento serem cortados pelas forças policiais muito antes da hora marcada para o início da discussão e votação final do Orçamento do Estado (OE)para 2013.
À hora do início dos trabalhos, começavam a juntar-se grupos de trabalhadores em frente às escadarias da Assembleia, enquanto nas galerias do hemiciclo só os representantes dos militares marcavam presença.
Chuva atrapalha manifestação
Na rua, a chuva veio atrapalhar as centenas de pessoas que, na manhã desta terça-feira, estão concentradas junto à Assembleia da República.
Após um discurso inflamado de uma agricultora de Viseu, a chuva começou a cair com alguma intensidade, levando muitos a refugiarem-se em toldos, varandas e lojas nas ruas junto à escadaria de S. Bento.
Ainda assim, cumpriu-se um minuto de silêncio pelo país. No final, a oradora disse aos presentes que consegue "governar melhor" a sua casa do que o Governo o país. "E não é preciso ter tantos estudos", garantiu, arrancando muitos aplausos.
IVA da restauração inflama debate na AR
Antes da sessão final de aprovação do OE, os deputados estão ainda a discutir em plenário alguns artigos que foram avocados para plenário pela Oposição. É o caso da reintrodução do pequeno-almoço nas escolas e o IVA na restauração.
O Orçamento do Estado para 2013 levado à votação final global na Assembleia da República e deverá ser aprovado pela maioria PSD/CDS-PP e receber os votos contra de toda a oposição.
A 31 de outubro, o Orçamento para o próximo ano foi aprovado na generalidade com os votos favoráveis do PSD e do CDS-PP - exceto o deputado centrista Rui Barreto -, enquanto a totalidade da oposição, PS, PCP, Bloco de Esquerda e "Os Verdes" votou contra.