O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, afirmou que o Ministério que tutela tem "reformas muito incisivas" para o crescimento e emprego a serem ainda planeadas e que "quando incomodam, causam ruído".
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"Nós temos uma agenda para o crescimento e para o emprego que é muito clara, com reformas muito incisivas. Por isso mesmo, quando as reformas se fazem incomodam e é por incomodarem é que o ruído aparece", afirmou Álvaro Santos Pereira.
O ministro reagia assim às várias críticas de que tem sido alvo sobre a insuficiente intervenção do Ministério da Economia e de pouco peso político, incluindo do presidente do Conselho Nacional do CDS, partido que apoia a coligação, que na sexta-feira, na Universidade Católica, pediu "um sinal de força" ao ministro no debate sobre o Orçamento do Estado.
António Pires de Lima mostrou-se indignado pela ausência do ministro da Economia e desafiou Álvaro Santos Pereira a dar "um sinal de força" quer no Executivo, quer no Parlamento, dizendo que "é muito importante, na fase em que Portugal está a viver, que tenhamos uma presença forte do ministro da Economia".
Álvaro Santos Pereira, na visita à terceira unidade da fábrica da farmacêutica Hikma, disse ainda que a economia nacional está com "uma pujança a nível exportador que poucos pensavam ser possível, com vários sectores a reinventarem-se" e que "o Governo está a fazer a sua parte que é reformar".
"As reformas causam sempre celeuma, mas têm de ser bem feitas, bem planeadas para serem bem implementadas", acrescentou.
O ministro da Economia falava aos jornalistas à margem da inauguração da terceira unidade da fábrica de farmacêutica Hikma, multinacional original da Jordânia e que se centra no desenvolvimento, fabrico e comercialização de medicamentos genéricos.
Álvaro Santos Pereira considerou o investimento "muito importante" para o país e mostrou-se "empenhado em impulsionar o desenvolvimento do sector".
"Esta empresa tem vindo a investir em Portugal crescentemente e manifestou a sua intenção de investir ainda mais e nós dissemos que estamos muito interessados. É muito importante que a aposta da empresa continue e estamos muito empenhados em impulsionar o desenvolvimento do sector", sustentou.
A nova unidade, inaugurada em Sintra, implicou um investimento de 12 milhões de euros e vai criar 32 novos postos de trabalho que se juntam aos 322 que já existem.