<p>"Com a Guerra Fria terminada, é do interesse de toda a gente diminuir o arsenal nuclear. É demasiado oneroso, e minimiza riscos em termos de proliferação nuclear. Portanto, a relação EUA- Rússia é importante", disse o presidente dos EUA, Barack Obama, após a reunião do Conselho NATO-Rússia em Lisboa.</p>
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Barack Obama falava aos jornalistas - na mais concorrida conferência de imprensa de toda a Cimeira da NATO - mas dirigindo-se ao Congresso dos EUA. Este, agora com maioria Republicana, não quer ratificar o novo tratado START de redução de armas nucleares, que estipula o limite de cada qual a 1500 ogivas.
Embora Obama tenha reafirmado a manutenção da doutrina de dissuasão nuclear da Aliança Atlântica, e que consta tanto do novo Conceito Estratégico como da declaração final da Cimeira de Lisboa, voltou também a sublinhar que tal redução é "uma questão de segurança nacional", e que deveria ser aprovada até ao final do ano.
Esse terá sido um dos temas centrais do Conselho Rússia-NATO, órgão consultivo criado em 2002, e na qual participou o seu homólogo russo, Dmitri Medvedev, além dos chefes de Estado e de Governo dos restantes 27 países da NATO.
Na senda das alegações da parte do secretário-geral da NATO que Lisboa estava a assistir a "um recomeço nas relações entre a NATO e a Rússia", Obama frisou que a relação dos EUA com a Rússia é muito importante".
E,depois de chamar "parceiro" ao representante do inimigo de outrora, - e razão da criação da NATO, em 1949, enquanto aliança militar defensiva - num claro recado para os congresistas conservadores, garantiu que "há generais da Administração Ronald Reagan, George Bush I e II a dizerem que esta cooperação é importante para a nossa segurança nacional. Não há razões para não o fazer (ratificar o START).
Apelou ainda ao pragmatismo, referindo que, "neste momento, não há nenhum mecanismo para verificar o que se passa na Rússia (ao nível do armamento nuclear)", pelo que, "há que confiar nas intenções russas".
"Acredito que o presidente Medvedev tem as melhores intenções, está no bom caminho, e não podemos deixar um parceiro 'pendurado'", concluiu, insistindo na ratificação do START sem mais delongas..