Apenas 33% das ajudas aprovadas pelo Governo aos agricultores do Oeste, prejudicados em Dezembro passado pelo mau tempo, foram solicitadas ao ministério da Agricultura e 10 milhões de euros continuam a aguardar pedidos de pagamento dos agricultores.
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"Dos 19,4 milhões de euros de pedidos de ajuda solicitados pelos agricultores, foram aprovados 14,5 milhões de euros, relativos a 480 candidaturas que preencheram todos os requisitos. Mas destas, apenas 179 foram até agora objecto de pedidos de pagamento", revelou à Lusa fonte do ministério da Agricultura.
O montante total de ajudas aprovadas a agricultores com os pagamentos aos fisco e segurança social em dia ascendeu a 14,5 milhões de euros, mas o Governo só entregou até agora 4,8 milhões.
"Os restantes quase 10 milhões não foram entregue por falta de pedidos de pagamento dos agricultores", adiantou aquela fonte, ressalvando que aqueles pedidos ainda podem ser feitos e que não têm prazo limite.
O dinheiro vem tanto do Orçamento do Estado como de fundos comunitários, segundo a mesma fonte, que não soube precisar a percentagem de comparticipação nacional dos apoios criados para ajudar os agricultores lesados pelo temporal que assolou o Oeste no final do ano passado.
Os agricultores que se candidataram às ajudas têm de suportar 25 por cento do montante investido para reparar os estragos do mau tempo, uma vez que as candidaturas prevêem que a ajuda estatal não ultrapasse os 75 % da ajuda aprovada.
Os primeiros pagamentos começaram a ser feitos em Março passado, segundo o ministério.
Os estragos deixados pelo mau tempo na madrugada de dia 23 em sete concelhos do distrito de Lisboa custaram ao país cerca de 63 milhões de euros, de acordo com as estimativas dos prejuízos efectuadas na altura pelos municípios de Alenquer, Azambuja, Cadaval, Lourinhã, Mafra, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.
O concelho de Torres Vedras foi o mais afectado pelo mau tempo, que deixou um rasto de destruição sobretudo no sector agrícola, com estufas deitadas ao chão ou parcialmente destruídas, pondo em causa a economia da fileira hortícola.