O Conselho Nacional de "Os Verdes" defendeu, este sábado, que Portugal deverá recusar qualquer imposição externa da União Europeia no sentido de constitucionalizar ou de colocar em lei de valor reforçado um limite para o défice.
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Esta foi uma das conclusões da reunião do Partido Ecologista "Os Verdes", que também marcou para os dias 18 e 19 de Maio, em Lisboa, o congresso desta força que integra a CDU (Coligação Democrática Unitária).
Em declarações à agência Lusa, o dirigente ecologista Francisco Madeira Lopes criticou tanto o Governo por pretender constitucionalizar um limite para o défice, como o PS por defender que esse limite deverá constar em lei de valor reforçado.
"Portugal deverá dizer não a uma ingerência intolerável na soberania nacional", afirmou, antes de criticar as políticas do executivo PSD/CDS de cortes nos subsídios sociais e de aumentos de preços de bens essenciais, num momento em que o país "carece de medidas para a dinamização da economia interna".
Francisco Madeira Lopes, ex-deputado do PEV, condenou ainda a reforma administrativa do Poder Local ensaiada pelo Governo.
"Estamos perante uma reforma extremamente gravosa e que visa descaracterizar e colocar em causa o Poder Local democrático. Ao pretender extinguir freguesias, a proposta do Governo acentuará a desertificação do território nacional e, em alguns casos, encerrará o último serviço público que algumas populações ainda têm ao seu dispor", sustentou o dirigente do PEV.
A nível internacional, Francisco Madeira Lopes disse que o PEV também encara com preocupação a recente decisão do Canadá no que respeita ao cumprimento do Protocolo de Quioto e lamentou que vários países, nesta conjuntura de crise internacional, estejam a retirar das suas agendas políticas a luta contra as alterações climáticas.