O presidente do PSD disse hoje, quinta-feira, que os impostos quando aumentam nunca mais voltam a descer, sustentando que aquilo que Portugal precisa é de reformas para criar "excedentes orçamentais".
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Ao discursar nas jornadas de estudo do Grupo PPE do Parlamento Europeu, que decorrem até sexta-feira no Funchal, Pedro Passos Coelho lembrou que "quando os impostos aumentam, nunca mais voltam a descer e a promessa do Estado, de que vai reduzir a sua despesa, é sempre uma falácia".
Ao apontar que Portugal precisa "gerar, nos próximos anos, excedentes orçamentais de modo a diminuir a dívida externa", sublinhou, no entanto, que essa necessidade não deve ser assegurada pela via do aumento dos impostos: "não é possível criar excedentes orçamentais para o futuro se nos permitirmos, com o aumento dos impostos, não manter pressão sobre a despesa pública".
O dirigente do PSD apontou que "o Governo socialista foi campeão em fazer a chamada desorçamentação, em criar vários instrumentos que permitam fazer despesa pública que não vem contabilizada", recordando que "essa despesa, hoje, a que está contratada, representa, a partir de 2014 e durante 25 anos, cerca de 1,5% a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) a reflectir-se em todos os orçamentos nos próximos anos".
"Estamos num caminho de insustentabilidade se não arrepiarmos caminho e temos de começar a arrepiar caminho já hoje", destacou.
O PPE é a maior força política no Parlamento Europeu com 265 dos 736 eurodeputados e integra os oito deputados do PSD e os dois do CDS-PP.