O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, assistiu à missa em memória do antigo chefe de Governo da Aliança Democrática, Francisco Sá Carneiro, e do então ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, na Basílica da Estrela, em Lisboa.
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Compareceram igualmente o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, os antigos presidentes do PSD Santana Lopes e Marcelo Rebelo de Sousa, entre outras personalidades sociais-democratas e democratas-cristãs.
Pedro Passos Coelho admitiu, este domingo, a possibilidade de reabrir a comissão de inquérito à queda do avião em Camarate que vitimou Sá Carneiro, se houver consenso partidário e algo a acrescentar ao processo, tendo o líder parlamentar do CDS assumido nos mesmos termos essa disponibilidade.
"Se esse consenso se gerar e se houver ainda possibilidade de acrescentar algum esclarecimento [ao processo], não deixaremos de dar o nosso contributo para isso", revelou Passos Coelho, no discurso da sessão evocativa em memória de Francisco Sá Carneiro, num hotel do Porto.
Admitindo que, "até hoje" as pessoas se mantêm "inconformadas com as circunstâncias da viagem trágica" que vitimou Sá Carneiro, Passos Coelho frisou não se ter conseguido "concluir de forma categórica" o que sucedeu a 4 de Dezembro de 1980.
"Na anterior legislatura todos os partido suscitaram a questão da comissão de inquérito. Não sei se haverá circunstâncias para retomar esse fio ou não", observou o primeiro-ministro, abrindo caminho à disponibilidade para reabrir o processo.
A queda do Cessna sobre Camarate vitimou Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e todos os ocupantes do avião.