PCP propõe cortes em viagens, anulação de seminários e criação de plano de poupança energética
O PCP propôs hoje, quinta-feira, medidas de contenção da despesa da Assembleia da República, como cortes nas viagens dos deputados, anulação de seminários cuja organização ainda não esteja fechada e a criação "urgente" de um plano de poupança energética.
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No conjunto de propostas entregue aos jornalistas, a bancada comunista sugere diversos cortes nas viagens do Parlamento, isentando apenas o presidente, Jaime Gama, de viajar em classe económica.
"Eliminar viagens ao estrangeiro de comissões, grupos de trabalho, grupos parlamentares de amizade e outros grupos especiais de deputados, salvo casos muito excepcionais em que possa estar em causa um grave risco de prejuízos políticos e institucionais para o país, a avaliar pelo presidente da Assembleia da República, e salvo também as próprias deslocações do presidente", refere o documento.
O PCP defende também a redução "para metade" do número de deputados "que se deslocam nas delegações internacionais permanentes da Assembleia da República", abdicando "das suas deslocações nas delegações em que participa".
"Até ao fim do ano, cada comissão parlamentar pode apenas realizar visitas que impliquem alojamento, com um representante por grupo parlamentar", refere também o documento do PCP, que acaba com os pagamentos para deslocações dos deputados em carro próprio, cabendo ao Parlamento assegurar transporte colectivo.
Os comunistas pedem ainda que se aplique "de facto, as medidas previstas com a utilização de 'software' livre", que sejam anulados "seminários que não estejam ainda efectivados em concreto, até ao fim do ano," e que nos já acertados se restrinjam gastos com "refeições, alojamento de convidados e decoração".
A bancada comunista defende também o desenvolvimento "com urgência" do plano de poupança energética da Assembleia.