Polémica sobre uso do carro oficial por Ferreira Leite é "uma idiotice pegada"
O líder insular do PSD-Madeira, Alberto João Jardim, descreveu, segunda-feira à noite, a polémica sobre o uso do carro oficial, na Madeira, por Manuela Ferreira Leite, como "uma idiotice pegada".
Corpo do artigo
"É uma idiotice pegada, é o que há de mais ridículo e não há pachorra de aturar um país ridículo", reagiu Jardim, no final da reunião da Comissão Política Regional do partido.
Jardim decidiu ser o porta-voz da Comissão Política porque o Partido Socialista, em Lisboa, "ficou extremamente desesperado com o sucesso da visita de Manuela Ferreira Leite".
"Vejam a mediocridade do dia de hoje (segunda-feira). Quiseram saber se a senhora Manuela Ferreira Leite entrou no meu carro oficial, quantas vezes, em que circunstâncias. Isto é medíocre", afirmou.
"Se o país acha que isto é um grande crime de lesa-pátria, então o país está todo doido", reagiu.
O também presidente do Governo Regional da Madeira continuou, afirmando que o PS "ficou desesperado com a recepção calorosa e pelo facto da visita da líder do partido social-democrata ter sido, não uma visita de campanha eleitoral mas de trabalho".
Para Jardim, a visita revelou-se uma oportunidade para a líder nacional do partido conhecer a "Madeira profunda".
Confessou que foi tudo arranjado para que Manuela Ferreira Leite tomasse conhecimento "do que são as dificuldades de viver numa Região como a Madeira e do esforço que é preciso fazer para nos sítios mais recônditos e de acesso mais difícil da ilha, a população beneficiar, tal qual qualquer aldeia da União Europeia beneficia", de infra-estruturas.
O facto levou Jardim a dizer que tudo "isto fez grande confusão na mediocridade que marca este Partido Socialista" e, por isso, "tivemos as declarações hostis à Madeira que não nos aquecem nem nos arrefecem".
"Só acho muito estranho é este ódio que o PS tem ao PSD e, sobretudo, ao povo da Região Autónoma da Madeira", concluiu.
Manuela Ferreira Leite tinha afirmado que, na Madeira, não "há asfixia democrática", ao que Jardim respondeu acusando o primeiro-ministro de ser o responsável pela asfixia que se vive.
"Quem faz asfixia democrática é o Governo do Senhor José Sócrates porque prometeu respeitar a Lei das Finanças Regionais e desrespeitou-a, utilizando o Orçamento de Estado e as leis como um instrumento político-partidário contra o povo madeirense", disse.
Concluiu afirmando que, "para acabar com esta asfixia, é preciso pôr o Senhor Sócrates no olho da rua".