O Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades repudiou publicamente, esta quinta-feira, a "política cega" de restrições levada a cabo na Educação.
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A organização considera ainda que o sector está perante uma "situação dramática" relativamente aos milhares de professores, que não obtiveram contratos para o ano lectivo que tem início em Setembro.
"Dezenas de milhares de docentes não terão sido colocados" e "um número significativo" pode esquecer a possibilidade de vir a ser colocado, quer através da bolsa de recrutamento, quer através de concursos de oferta de escola, considera o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (Spliu).
A "política cega de medidas restritivas à contratação de recursos humanos fundamentais para a área da Educação, mesmo em tempo de crise" é, diz o Spliu, a responsável pelo desemprego no sector da educação.
O sindicato, que "contesta e repudia" a actual situação, registou uma descida de 25% nas contratações em relação ao ano lectivo anterior. Tal situação deve-se, diz o Spliu, a "erros, desvios e omissões" no sistema de colocação de professores que o sindicato quer ver explicados e resolvidos.
A entidade aconselha ainda os docentes que detectaram "situações anómalas" a recorrerem através da Internet, através do portal da Direcção-Geral de Recursos Humanos da Educação. O recurso pode ser apresentado a partir desta quinta-feira até ao dia 7 de Setembro.
O Spliu defendeu também, em comunicado, que deve ser adoptada uma "política educativa que invista na qualidade do ensino" e que é necessária à "recuperação económica e social" portuguesa.